POETA PALESTINO MAHMOUD DARWISH É TRADUZIDO NO BRASIL
Claudio DanielA terra nos é estreita e outros poemas (São Paulo: Edições Bibliaspa, 2012) é a primeira antologia do poeta palestino Mahmoud Darwish publicada no Brasil, numa edição organizada e...
View Articleda série "no amor e na guerra...": ...a voz suave que era uma lágrima
"...a voz suave que era uma lágrima"os soluços engasgados (de choro) da companheira o enervam(ele grita), pede que pare, se concentra no caminho tortuosoà frente (entre vielas estreitas enquanto ele a...
View Articledesbastado
ao escreverdesbasto-me de todas as arestas.talho, a sangue frio, o mínimo múltiplo incomum. o ego, ergo, sumo,a sete palmos do céu,subtraindo-me dos atos farfalhos, aspirando à última gota antes do...
View Articleda série "no amor e na guerra...": o bar dos soldados
o bar dos soldadossob a noite de um céu cindido, sanguíneo, prestes a colher chuva (mas de nuvens alaranjadas, quase lúgubres ou tingidas de púrpura), o súbito véu espúrio que paira acima da cidade...
View Articlenucleica
¿de que serve essa repetição do pensamento, essa molécula que teimaem se reinventar na mesmice,- cutucando-se em déjà vu,fazendo calo mental na calada da noite, parafusando a cabeça,entrevando a dorsal...
View ArticleUM POEMA DE JOYCE MANSOUR COM PINTURA DE SOFIA RIBEIRO
Eu raptei o pássaro amareloque vive no sexo do Diabo. Ele ensinar - me - á a seduzir os homens, os veados, os anjos de asas duplas e rasgará a minha sede, as minhas roupas, as minhas ilusões e...
View Articleode às distâncias
foto: Beatriz BajoI existe um mar dentro de um envelope sem remetente a tinta usada para a carta é opaca talvez escrita a lápis existe uma constelação de palavras sem significado aparente quem sabe...
View Articleser navio que cavalga
trago-o na vibração inquieta da matéria sem vontadefinjo não ouvir o trabalhar de operários de amoro badalar crescente navio de espelhos que pulsa em ombros lançado devo ignorar a luz que abandona os...
View Articleguardar silêncios
Edson Bueno de Camargo por quê os velhos cuidam de guardar silêncios (?) e os móveis da sala tomam dimensões titânicas diante destes versos e os cômodos com mobílias velhas cadeiras que rangem melodias...
View Articlea cal
Edson Bueno de Camargoa linha do tempoentra pelas janelase conta a história da casaesta passa pelas gerações de mulheresde ciclosde partosuma mó de moer ossoso calendário lunardas regras e das fases e...
View Articlepetit suicide
Livro,abro-te as folhas lentamente,como as pernas de uma mulher, percorro-as com meu olho tátil - língua na ante-sala do texto - VULVA -roçando a tessitura eriçada da letra - GRELO,até que tremam teu...
View ArticleArticle 3
"please give me a second grace/ please give me a second face"(Nick Drake, 'Fly') que o homem suado sem camisa que faz a casa faça uma nova Terra sobre essa eterna convalescente, meu corpo seco, pariu...
View Articlecanção de ninar
Edson Bueno de Camargoas trincas no chãosegredam geomântica(mente)que os armários da salacaminham à noite nos corredoresnossos fantasmas governam a casae a casa enterrada nos alicerces destamorrer é só...
View ArticlePoema de Viktor Schuldtt
Paul KleeImaginar: o launch dos anjos Anjos comem frente aos espelhos (pedaços de pão branco com pesados condimentos) anjos retornando estão sempre aqui entre o molho do instante...
View Article2 poemas de Pedro Fernandes
O naufrágioNaufrágio, Goya, 1793.a olhar O Naufrágio, de Goyaergueu-se na arquitetura da noiteum grito espalmadoestendido através dos braços para o altosaído de entre os seios nus no orvalharuma...
View ArticleSOBRE A DUPLICIDADE
Luciana SalumSOBRE A DUPLICIDADEPrecisava enviar a você.Durante uma das noites das vésperas do meu aniversário protagonizei uma das cenas em que tive a experiência de maior contato com minha própria...
View ArticlePINTURA DE SOFIA RIBEIRO COM POEMA DE LUÍS COSTA
A PORTASou uma porta profunda ‘ hermética ‘ fechada a sete trancasna obscuridade dos relâmpagose em cada poema que escrevo floresço como um pedaço de geloque arde nas mãos desta mulher ‘ altiva...
View Articleda série "no amor e na guerra...": os interrogatórios
os interrogatórios pinturas de Farbod Morshed Zadeh **calado estava/ calado continuou (ela falava falava falava até quase a exaustão dos nervos dos músculos das cordas vocais já às 4 da manhã entre...
View Articleamores e insetos
A primeira vez que senti algo parecido com o que , mal e porcamente, denominamos paixão, amor, tesão foi num hotel do sul de Minas. ... Essa vontade de estar perto, - de olhar, de tocar, de colar o...
View Article"os campos celestes de seu segundo crime" - Anderson Dantas
Imagem: Giorgia Napoletano/ por Anderson Dantas /(TRIÁDICAS)(1º. Ato) Quando forçou a cabeça calva pelo caminho do ventre materno um anjo horrível arranhava seu ânus nas pétreas árvores do...
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