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Paul Klee |
Imaginar: o launch dos anjos
Anjos comem frente aos espelhos (pedaços de pão branco com pesados condimentos) anjos retornando estão sempre aqui entre o molho do instante que conserva os frêmitos e a imagem que estraçalha com luz (esperança violácea e sem alvo) os anjos são narcisos quando têm o pulmão que naufraga como bombardeiros ou minhocas (e são transcendentais as minhocas ao comer excretar e ser terra – raison d'être: a totalmente desencarnada de categorias terra): os anjos comem com a mão e são despudoradamente metafísicos (eu vejo também afinal entre as radiações que nomeiam e matam aqui estou eu) os anjos são violentos estão nus e umedecem o pau nas nuvens – um anjo tomba da lua e cai de cara no crânio do homem que dorme
Sacro
que sacro este movimento – uma banalidade tremenda
outubro de 2012