A última ceia - Artur Ribeiro Cruz
Ilustração: Dani Toch Mangas podres ainda no pé. Mosquitinhos enovelam o aroma de umidade acre. Toda casa velha tem quintal com mangueira. Das que deixam fiapos nos dentes, como os fiapos da...
View Article3 poemas de Alberto Bresciani
Chema MadozMETEOROLOGIAFranz se levanta e vai à janelaEspera ali a chuva, sente calor,lembra-se dos amigos mortos e dos vivos, pensa que anfíbios existem e sabem respirar, mas não tem medo, nem está...
View ArticleDo lado de cá do Atlântico - Franck Santos
Ilustração; VisitingFahrradAquela tarde adentrou a noite toda que conversamos olhando a lua. O amor é isso, foi o que Ela me disse num passe de dança, dançava um reggae naquela noite enluarada, na...
View ArticleO aprisionamento de todos. Uma leitura de Não chore - de Luiz Bras
Por Adriane Garcia Não chore, de Luiz Bras (heterônimo de Nelson de Oliveira) é uma novela que discute, de forma instigante, o aparelho prisional brasileiro. Enquanto percorremos um lugar do futuro...
View Article4 POEMAS DE "GRAVIDADE ZERO", DE ALEXANDRE GUARNIERI
A quem cabe escrutinar o universo?por Carlos Roberto Rabaça**Aos cientistas, que com seu método suprimem do entendimento da natureza as considerações sobre o significado humano; aos filósofos, que,...
View Article3 POEMAS DE HUDSON PEREIRA
FLUXOo poemase sustentana percepção de que a vidaé um ensaioum grande pano de fundopara outros movimentoseu delironessas linhasnesse fluxoirreborável depensamentos desconexosno meio de tudouma viagemeu...
View Article3 POEMAS DE RAPHAEL CARRETERO
Pela última vez assombro esse cinema moribundo. Caminho pelas fileiras, até a boca de cena, sentindo os pés descalços grudando como ventosas no assoalho ruminado que ninguém limpou. Deslizo os dedos...
View ArticleAs flores brotam sob a íris do anoitecer - Francisco Gomes
A FLOR QUE FITOA flor que fitodistanteno fátuo eflúvio do horizonte – fovismo, sinestesia provocante-canto-de-sereia,, é abismo: ilusão desnorteadora do tangível.A flor que fitoerrantefincada na ferida...
View ArticleIMAGO
Imagem retirada do GoogleUm pavão alucinadoAssalta suas penugens.Se exibe, colore o ar.Sobressalta seus cabelosComo se espatifasse nuvensAcima da vastidão do mar.Faz seus olhos, ocelulares,Se...
View ArticleArticle 1
DANIEL FARIA(Portugal, 1971-1999)27 POEMAS TRADUZIDOS AO ESPANHOLpor Sandra SantosHomens que são como lugares mal situados Homens que são como casas saqueadas Que são como sítios fora dos mapas Como...
View Article10 poemas de Carla Andrade
Ben ZankTop of FormAnatomia das coresA primeira vez que vi umsapato velho na fiaçãoentendi o abandonode se ter alma.Preferia ter só asas,assobio de pássaros.Folhagem pisada.Mas me colocaram uma almanum...
View Articleda mudez à lama das margens - quatro poemas de Natalia Ribeiro da Conceição
Werner Bischof - Hungary-Budapest, 1947RecémLogo que nascee olha pela primeira vezo mundorompe sua mudezde placentae chora.O ar estreantenos recém-pulmõeslhe doem;e então chora.Mas chora tambémsem...
View Article5 poemas de Fiori Esaú Ferrari
Marcel FernandesA vocação e a mesaA longa mesa de madeirasombreada de quietudeno calor da infânciaimpunha inteiraa rotação da tristeza.Hélices giravam a flordo menino loucoque fechava os olhospra...
View Articlejorra mas jorra contido - doze poemas de Leandro Rafael Perez
Screenshot The Neon Demonpensa nas estruturas de carbonoque do seu corpo continuarãoa viver, a sustentarpensa na cor do sanguepequenininhoa morte é um tangramvermelho___Deus croupier de folganão se faz...
View Article3 POEMAS INÉDITOS DE ANDRÉ CARAMURU AUBERT
chuva, ventoo céu: chuva, ventoo céu, escuro,tem estado assim desde cedo, eminha alma em tormento.agora: cinco da tarde,mais chuva, mais vento.no horizonte, malse distingue: o vago pontoonde termina o...
View ArticleA força gravitacional de líria porto – cadela prateada
Por Adriane GarciaEstive às voltas com o livro “cadela prateada”, de líria porto (ela gosta assim, minúscula) por cerca de uma semana. Um livro de poesia que, sem dúvida, se leria de uma só vez, em...
View ArticleCASÉ LONTRA MARQUES - POEMA INÉDITO
Desenho do autor Cansar os dentes na cor dos diasOs pombos toleram nas asas a areia que um dia esteve em meus dentes. A poeira que já procurou outros olhos.O minério. A pneumonia que envelhece depois...
View Article03 poemas de Felipe Bustamante
o mundo não estaca na frente do armáriopara escolher as roupas pela manhão mundo já acorda resolvidopenteadovalsando em torno de sio mundo é organizado pra cacetese ocupandoda produção do próprio...
View Article9 poemas inéditos do poeta angolano Abreu Paxe
A poesia de Abreu Paxe é a exposição de uma potência da memória que se expande em poemas concisos , há uma mestiçagem aqui entre a transparência de um pensamento que é capaz de perceber e comunicar...
View Article4 poemas de Antonio LaCarne
Morro de invejaÀ meia-noite eu deitei na cama e rolei na madrugada sob os lençóis do abandono enquanto, ao deus-dará, eu me perdia na cidade entre o asfalto, o calor insuportável, adolescentes...
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