UM POEMA DE ANTONIO GAMONEDA
Mudado por Luís COSTAUM ANJO GÓTICOImóvel, claramentedesumano, napura catedralvive um anjo.Um anjo não tem olhos.Um anjo não tem sangue.Ele não vive na vida, ele não vivena morte, ele estávivo na beleza.
View ArticleURGENTE
/Helena Figueiredo/a morte é lenta e trágica, escrevem os jornais e chegará antes dos tambores a mulher de mãos gastas e doridas onde um bando de pardais já adormeceu nunca viu no espelho o próprio...
View ArticleIV POEMAS DE ANTONIO GAMONEDA
Mudados por Luís COSTAÉguas fecundas na fosforescência. Recordo o medo e a felicidade nos meus cabelos fendidos pelo relâmpago; depois, a água e o esquecimento. às vezes, vejo o brilho do monte sobre...
View ArticleBanner do I Mallarencontro
Arte de Gabriel Rezende, designer gráficoI MALLARENCONTROQuando? Dia 15 de janeiro, terça-feira, a partir das 21hOnde? Wonka Bar, Rua Trajano Reis, 326, São Francisco — 3026 6272Entrada: R$ 6,00Mais...
View Articlechover e um rosto, triste
acrílica sobre tela, 20x20cm não foi por motivo algum que ele parou, contaram-lhe a história do menino, não havia um motivo, era preciso entender, aquela história triste, havia um menino, ele não o...
View ArticlePoema de Viktor Schuldtt
Pierre SubleyrasA fé (por dentro)“Eu não sou um emissário de Paz, mas de Guerra!”Jesus Cristo, no Evangelho de MateusA beleza cíclica de rupturas: flavapartitura do cavalo negro-azulado – é tão...
View ArticleSISMOGRAFIAS COM DUAS PINTURAS DE SOFIA RIBEIRO
Luís COSTASISMOGRAFIA IUm grito oceânicoaves que sobem pelos ventrículos da mulherturbos plantados na sua orfandadee as estátuas altas com o eixo do mistérioardendo mansamenteem baixo o homem procura...
View Articlenota marginal nº 77
Névoa densa invade a madrugada de Copacabana - foto de Fernendo Quevedo, O Globo./por Nuno Rau/Outono ardente (tantos anos depois de outro verão, geladoaté a medula, mas como secoladas, por um estranho...
View Article4 POEMAS DE MILTOS SACHTOURIS
Versões de Luís COSTAO RELÓGIONo jardimda minha mãeo sol é negrocom um chapéu altoe verdeo meu pai encantava os pássarose eucom um relógiosurdo e desconfiadoconto os anos e espero pelos meus paisO...
View ArticleCinco contos de amor, sexo & sacanagem, por Furio Lonza**
Serial killer Espreitou-a durante meses. Sabia seus passos de cor: da casa para o trabalho, do trabalho pra casa; deu um jeito de grampear seu telefone, gravou sua vozem fita, fotografou-a na rua,...
View ArticleENTRE MITOS
/Helena Figueiredo/corpo ardente frágilaladovolátil, quando te viuhabita as trevas, corpo queimadojunta os gemidos ao lobisomeme se cupido aparecer com sua seta certeiradeixa que o desejo pingue sobre...
View ArticleOLHAR INDISCRETO
OLHAR INDISCRETOLuciana Salum e Roberto ProphetaCapturados pelo encanto da sétima arte e pela estória do olhar (não mais do olho, desculpe-nos Bataille - pretenderemos, por ora, deixar o corpo de fora)...
View ArticleRetrospectiva
Enquanto sangra a feridame abrigo nos coágulosas mãos meditam a solidãocatando vermesa língua despe-se da fonte.Estranha levezao sorrisoé tão inútil crer no inútil.Deserdo-me do horizontedesisto de...
View ArticleELEGIA
/Helena Figueiredo /É à sombra do cipreste debicada por bandos de soturnas avesnum lugar ermo bem longe do povoado é aí, que te escondes.Espreitas nas entrelinhas das histórias as crianças pintam-te de...
View ArticlePor uma Arte Cênica Climatérica
PrólogoAcenderemos a primeira chama de uma arte cênica climatérica. Vamos derreter o Núcleo de Espetacularidades em despedaçados membros arrojados de Trauma Cha Cha Cha. Uma vídeo-criatura de Otávio...
View ArticlePAPA-DEUS
Quero canibalizar Deus.Sua luz será o brilhoDe um besouro avermelhadoExplorando sua região escrotalEnquanto morre na cruz.Quero canibalizá-loNa semi-escuridão intermitenteDa tocha dura do inseto...
View ArticleMonástica
É na madrugada que o som se torna insuportávelE essa gota amarga na língua faz o estômago ranger.Portas e mais portas sem trancaSão abertas com mão de ferro:É o retorno do oráculoChafurdando o futuro...
View ArticleKATMANDU
Ihá uma beleza em katmandupura, encefálica,linda e apartada do mundo,ora vestida de província– cabelos castanhos –na placidez de calmariasora nua e cosmopolita– cabelos vermelhos –na correria dos...
View ArticleMassa - Cesar Vallejo
Ao fim da batalha,e já morto o combatente, veio até ele um homeme lhe disse: “não morras, te amo tanto!”Mas o cadáver, ai! continuou morrendo.Se aproximaram dois, e repetiram:“Não nos deixe! Querido!...
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