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Ilustração: Christian Schloe |
todas as palavras
com suas mutações
contagiam meu corpo
por isso sofro
desde a sombra
até o osso
com suas mutações
contagiam meu corpo
por isso sofro
desde a sombra
até o osso
*
por ser palavra
pugna a página
por ser palavra
perpassa o achaque
assume o sumo
invade
pugna a página
por ser palavra
perpassa o achaque
assume o sumo
invade
*
tento pintar
a memória
revisito traços
jogo tanta tinta fora
sustento ideias que
estão só na minha
fundo cor de gelo
faço cor de pérola
talvez mais
carvão
vou tingir de chão
toda atmosfera
a memória
revisito traços
jogo tanta tinta fora
sustento ideias que
estão só na minha
fundo cor de gelo
faço cor de pérola
talvez mais
carvão
vou tingir de chão
toda atmosfera
*
sol rompendo nevoeiro
paisagem que conheço
sueño
.
preciso das noites
porque sangro
estrelas
Juliana Meira nasceu em Carazinho/RS. Morou em Porto Alegre/RS e atualmente reside em Curitiba/PR.É poeta e advogada. Autora de poema dilema, pela Editora Porto Poesia, 2009; o segundo livro não leva título e integra o Projeto Instante Estante de incentivo à leitura, pelo selo Castelinho Edições, 2012. Recentemente foi publicado poema pássaro, pela Editora Patuá, 2015. Assina o blog tempoema em: http://juliana-meira.blogspot.com
Fotografia de Juliana Meira: Rafael Missio