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Escultura de Yuichi Ikehata |
O filho bastardo de Tawantinsuyu
“O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço.”
(Os três mal-amados – João Cabral de Melo Neto)
Era uma mulher desejável antes mesmo de ser uma mulher. Quando ainda estava em vias de, mal saída da infância, já apetecia aos homens. Ariana poderia preencher o lugar da mulher da vida de qualquer um. Era bela, inteligente, vinha de uma família rica. Tinha muitos predicados.
Sempre namorou somente os mais desejáveis. Todos os namorados foram aprovados primeiro pelas amigas, depois pelos pais e familiares. Quando era a vez de ela prová-los, no entanto, o amor se esvaía. Teve os rapazes mais desejáveis de seu colégio e de seu círculo social. Todos belos, lindos, civilizados. Príncipes ou futuros gentlemen, herdeiros ou donos precoces de fortunas, que cheiravam a brilho e a cobre. Todos, modelos de beleza e sucesso. Não que o sucesso fosse lá muito importante, como havia sido para sua mãe, uma mulher de classe média que se casou com o empresário Aristarco do Albuquerque Prado. A mãe de Ariana mentiria se dissesse que a construtora, as fazendas de gado e soja, e os milhões em bancos no país e no exterior não conferiam um charme especial ao pai de sua única filha.
Ariana era filha de um amor de conveniência, mas não havia nascido para desejar o desejável. Havia um fôlego de égua selvagem em si – ainda ignorado – que não a permitiria jamais se contentar com o que todos aprovavam, com o que todos estabeleciam como os contornos precisos e saudáveis do querer. Seus quereres tinham um visgo insólito de insanidade que ainda se havia de descobrir.
Não conseguia ainda formular desse jeito, mas tinha em si uma certeza muda de que só poderia amar um homem que ela também fosse capaz de odiar. Essa certeza a habitava silente, inconfessável dentro de si mesma. E o primeiro passo para esse caminho, que fatalmente a conduziria a se tornar aquilo que era, passava pela solidão.
Quando se viu sozinha na faculdade, sem a influência das amigas, que sempre eram as vozes primeiras das escolhas que ela fazia, pareceu parar de desejar. Passou mais de um ano longe de flertes. E que alívio sentiu ao deixar de entregar seu corpo ao que não lhe despertava nenhum apetite. A solitude lhe deu a oportunidade de assenhorar-se de si e de seu corpo, que parecia, então, jamais ter sido verdadeiramente seu. Com o silêncio, passou a ouvir as urgências da própria carne, da própria pele. A voz material do corpo e dos instintos, sufocada desde cedo nas gentes.
Embora quisesse fazer belas-artes, deu início ao curso de arquitetura. Seu pai jamais lhe havia falado nada a esse respeito, mas não imaginava que ele quisesse uma filha artista. Mas com um ímpeto que era ainda tão desconhecido e lhe parecia estrangeiro, saltava as cercas da própria grade curricular para cursar, com frequência, disciplinas do curso de artes como matérias optativas.
Supunha que estava à beira de se tornar um ser assexuado, quando se inscreveu para fazer aulas com modelos vivos. Durante quase meio semestre, desenhou com esmero belos corpos desejáveis de homens e mulheres que não lhe apeteciam em absoluto. Olhava sem pudor e desenhava com paixão.
Num dia que tinha tudo para ser igual aos outros, entrou na sala em que fazia as aulas de desenho. Mas aquele dia não foi igual. Entre os modelos, já nus e dispostos nas mais diversas posições, estava: ele. Ariana o viu. Tudo ao redor desaparecera. Só restavam aquele homem e um dilúvio inaudito entre as pernas.
Passou duas horas e meia desenhando, com fúria, o próprio desejo incontido. Terminada a aula, fora falar com o estranho de traços indígenas e uma cicatriz de facada no ventre.
– Oi.
– Olá – respondeu, com acentuado sotaque castelhano.
O estranho lhe ofereceu com um sorriso, incentivando que ela continuasse. Era o homem mais belo que já tinha visto na vida. Em seu rosto, se destacavam os fortes traços indígenas. Não parecia qualquer um dos meninos desejáveis com quem já havia ficado. Naquele instante, Ariana procurava palavra e refúgio.
– É que eu queria saber quanto você cobra. Eu não acabei de te desenhar.
Mostrou o desenho para o desconhecido. Um esboço rico em detalhes, ainda sem braços ou pernas. A cicatriz no ventre e o sexo, no entanto, já estavam prontos.
– Eu não sei ainda quanto vou ganhar. Acho que vão me pagar setenta ou oitenta mangos. Foi um amigo que me arranjou esse trabalho. É a primeira vez que faço.
– E você tem tempo? Pago o triplo, se for preciso.
– Tenho todo tempo do mundo.
– Quando?
– Quando quiser.
– Agora?
– Pode ser.
– Então vamos. Eu te levo para meu estúdio – disse, puxando o desconhecido pela mão.
– Só preciso de dois minutos para me vestir. E de meia hora para eu receber o que vão me pagar.
– É verdade, você ainda nem se vestiu. Se sair assim na rua, pode acabar preso – disse tateando um gracejo. – Eu te espero na entrada da faculdade.
– Juan Luna – disse, estendendo a mão.
– Prazer! Ariana – disse-lhe dando dois beijos no rosto enquanto sentia o sexo de Juan roçar-lhe, leve, a coxa direita.
– Encantado!
Por mais óbvio que seja, não custa dizer que Ariana não desenhou nada naquela tarde. Levou Juan para seu pseudoescritório de arquitetura prematuramente montado pelo pai, numa ampla sala comercial perto de sua casa, nominado sacra e secretamente seu estúdio. Ela jamais se dera a ninguém da forma como o fez àquele desconhecido. E que jamais gozou tanto na vida. Menos pelos méritos de Juan como amante, embora tivesse qualidades lúbricas, e mais por conta daquilo que descobrira ser capaz de forjar, engendrar, arquitetar nas próprias carnes desejantes.
Naquela mesma tarde, Ariana quis saber o que havia causado a cicatriz que Juan ostentava no ventre.
– Quase morri. Desde então, nunca mais subestimei uma fêmea – disse, ao iniciar o vago relato.
Sem dar muitos detalhes, Juan contou que levou uma facada de uma mulher em fúria, ao ser abandonada. Ele jamais havia suposto, antes, que uma mulher seria capaz de machucá-lo daquela forma.
Juan Luna também contou que descendia de uma nobre estirpe de guerreiros incas. Nascido em Cuzco, considerava-se filho, embora bastardo, do grande império chamado Tawantinsuyu.
– Eu nasci exatamente no umbigo do mundo – explicou, destilando depois palavras em sua estranha e sonora língua ancestral.
Entre os seus ascendentes, também havia, segundo contou, um africano e um espanhol. O africano foi levado à região do Caribe, mas fugiu, subindo a cordilheira, e se casou com a filha de um líder espiritual inca. Havia sido retirado da mesma região onde a mitologia afirma ser a pátria de Mêmnon, herói que era sobrinho de Príamo e filho da Aurora. Quanto ao espanhol, tratava-se de um conquistador que procurava prata na região e estuprou a filha de um guerreiro. Foi capturado e colocado, vivo, para assar. Sua carne foi comida pelos familiares da moça violada e seus ossos, abandonados na selva.
A mãe de Juan descendia dessa violência. Sem conseguir estancá-la, sofreu sem remissão nas mãos do marido violento e autoritário.
– A sorte de meu pai foi ter morrido antes de eu ter idade suficiente para matá-lo – disse, com uma ponta de ódio cortante no céu da boca.
Ariana se encantou com as palavras de Juan em defesa de sua mãe, sem se dar conta do quanto elas eram um eco da mesma violência. Ao fim daquela tarde, ela já sabia ao menos uma dezena de coisas sobre Juan. Mas parecia que quanto mais aquele homem se revelava, mais estranho ficava. Estranheza que culminou quando ele, antes de ir, resolveu cobrar o preço combinado para posar para ela, como se ela o tivesse ficado desenhando apenas.
A cobrança que ele fez havia deixado nela uma sensação incômoda. Tinha ido para casa com a razão extraviada pelo desejo. Sentia como se tivesse comprado o corpo daquele homem – ideia que lhe causava um misto de excitação e vergonha.
No segundo encontro, mais estranheza se acrescentou aos contornos de Juan. Descobriu que ele não era michê, tampouco modelo vivo. Aquela atividade de fachada era só um bom motivo para poder circular entre os estudantes sem levantar suspeitas. Não conseguiu descobrir, no entanto, por que no primeiro encontro ele havia cobrado o preço combinado para posar para ela.
O negócio do peruano era vender drogas no campus da universidade. E o sucesso do empreendimento era garantido, pois não lhe faltava mercado consumidor e a repressão era nenhuma. Aliás, nenhuma ali dentro, já que para chegar com a droga naquele lugar era preciso ter perícia. Entretanto, a partir dali, Ariana se tornara uma espécie de passaporte de Juan para onde ele quisesse ir.
Pouco a pouco, ela foi sendo enredada nos negócios de seu homem. Transportava drogas de todo tipo em seu carro, estocava entorpecentes e armas em seu estúdio. Chegou a viajar com ele para a Bolívia, durante as férias, trazendo drogas e subornando policiais rodoviários no caminho de volta. Quanto mais e mais intensamente amava aquele homem, mais sua relação com esse mundo marginal se estreitava.
O período imediatamente posterior à viagem para a Bolívia foi aquele em que Juan mais faturou. Revendia a droga que haviam trazido, o que elevava às alturas seus lucros. Alguns meses depois, no entanto, começou o período da crise. Nos negócios, não na relação. Em pleno milagre econômico, apreensões de drogas em todo o país fizeram faltar material no mercado. O que se conseguia era de má qualidade e rendia pouco. Além disso, a venda na universidade não estava fácil como antes, com milicos agora ostensivamente o tempo inteiro lá dentro.
– Em ocasiões como essas, é preciso diversificar – sentenciou Juan.
Tal diversificação consistia em agir onde havia brechas. Tinha bons contatos e uma mulher que não levantava suspeitas. Diante do quadro, o sequestro era a opção mais fácil e segura. O casal não atuaria no grupo de frente, que se arrisca para raptar a vítima. Simplesmente tomaria conta dos sequestrados. Com isso, aquela menina rica, nascida e criada numa mansão nos Jardins, passou a habitar barracos e cortiços de diversas periferias. Chegou a dormir em chão de terra batida, em cima de jornais velhos. E realizava fantasias em matagais, represas ou mesmo em chãos diversos. À família, disse simplesmente que passaria a morar em seu escritório, mas raramente era encontrada por lá.
– Essa juventude… – lamentava sua mãe, sem supor qualquer nada.
Até que um dia a polícia estourou o cativeiro de um sequestrado que ela e seu homem vigiavam. Algemada, no camburão, imaginava a proporção nacional do escândalo. “Princesa bandida” ou “patricinha pistoleira” poderiam ser dois epítetos seus a partir dali. Especialistas de toda sorte emitiriam juízos vazios, tentando explicar o incompreensível: como ela, a filha de Aristarco do Albuquerque Prado, pôde ter se envolvido com um bandido daquela laia.
Talvez estivesse chegando perto do momento em que começaria a odiar Juan Luna. Mas nada disso lhe importava agora. Carregava e alimentava em si um filho. Filho bastardo de Tawantinsuyu. E contra tudo – medidas, projetos, possibilidades, evidências, conveniências, conivências, projeções e estatísticas – ela amou. Amou. Amou desbragadamente. E quem ama não sabe calcular.
***
Eleições gerais
Tinha noção da desvalia de seu voto. Se com efeito escolhesse alguém, fatalmente se tornaria cúmplice de crimes que não conseguia sequer supor. Mas essa sensação era embaçada. Permanecia velada. Sombra assombrosa assombrando o não-pensar.
Na prática, tinha o claro desejo de não eleger ninguém. Sem, no entanto, anular o voto ou votar em branco. Puro capricho de quem não se sente, de fato, emanante do poder. Para isso, criou uma metodologia intrincada e de eficácia duvidosa. Dentre os candidatos para os cargos cujos números têm dois dígitos, votava sempre nos que estivessem menos bem colocados, de acordo com os institutos de pesquisa. Mesmo numa época em que tais estatísticas – e suas margens de erro – têm andado tão desacreditadas e incertas, a chance de seu voto para esses cargos eleger um candidato era bem remota, se não impossível. Quanto aos candidatos cujos números tinham três, quatro, ou cinco dígitos, só havia uma forma de decidir o voto: mesclando a sorte com a avaliação, o aleatório com a escolha.
Fizera isso nas três ou quatro eleições anteriores e teve a sorte de não eleger nenhum dos candidatos nos quais votou. Saia no dia da eleição a procurar no chão, entre os milhares de folhetos jogados, os candidatos nos quais votaria. Se simpatizasse com a figura, as cores e o número do candidato, o levaria consigo para a urna. Precisava, ainda, ser alguém que lhe fosse completamente desconhecido. Qualquer familiaridade no rosto da persona em questão, o candidato era prontamente descartado. Era uma escolha estética e empática. Das outras vezes havia dado certo – embora nas últimas eleições gerais quase tenha elegido um candidato de três dígitos. Para piorar a situação, dessa vez era ainda mais difícil. Tinha de escolher dois desses candidatos, quando da outra vez fora apenas um.
Lamentava essa extensa procura. Era tão mais fácil quando as eleições eram em ano de Olimpíadas. Tinha de votar em apenas dois candidatos. Em ano de Copa do Mundo, as coisas se complicavam muito. Tinha de escolher quatro ou cinco candidatos. Se bem que pior do que isso era quando havia o tal segundo turno. Seu voto sempre corria o risco iminente de ir para o candidato eleito. Ficava de olho em todas as pesquisas, até às vésperas do pleito. Em dúvidas muito cruciais, chegava a anular o voto – o que era contra seus métodos, mais do que contra seus princípios. Não se lembrava bem, mas tinha a impressão de que, na última vez em que votara com alguma esperança, o Brasil foi campeão mundial de futebol.
Naquele domingo, como em todas as últimas eleições, saiu já de manhã à procura de seus candidatos. Como eram escolhas aleatórias, estéticas e empáticas, havia necessidade de muito tempo para fazê-las. A combinação de cores do folheto, as expressões do rosto do candidato, tudo influenciava em sua decisão, que sempre trazia, no entanto, o risco quase certo de compactuar com algum crime, algum delito, algum embuste. Era assim que sentia. Era assim o seu temor.
Presto passou o dia. Eram mais de quatro horas da tarde e ainda estava à procura. Além dos últimos colocados nas pesquisas para os cargos de dois dígitos, já havia escolhido os dois candidatos para o cargo de três dígitos e um para o cargo de quatro. Todos absolutamente incógnitos – ao menos para si. Faltava ainda o candidato para o cargo de cinco dígitos. E como havia chovido, estava cada vez mais difícil encontrar folhetos apresentáveis. Uns estavam rasgados, outros desbotados. Muitos estampavam candidatos reles demais, conhecidos demais, familiares demais. Havia também diversos amálgamas desses chamados “santinhos”, numa indecifrável mixórdia de massas, cores, rostos e números.
Começou a se afligir. Em menos de uma hora se encerraria a votação. Não gostaria de se abster, bem como não gostaria de votar em branco ou anular seu voto. Puro capricho de quem não se sente, de fato, emanante do poder. Aquela chuva fora de hora parecia pôr fim a seu método, cultivado com tanto empenho, durante tantas eleições. Não se lembrava de ter votado num dia de chuva. Talvez, no ano em que o Brasil ganhou a Copa do Mundo. Quem sabe? Mas nesse ano, nessas eleições de agora, mais uma vez a seleção não havia ganhado nada. Não havia esperanças carmesins com que vencer os temores. Ao menos era assim que via as coisas. E elas se mostravam com um feitio seco, oco, fatigado.
Não havia jeito. Precisava se dirigir a sua seção eleitoral. Era urgente votar, mesmo faltando aqueles cinco dígitos. Os dígitos que abririam a votação. Começar votando assim era sinal de mau agouro. Era assim que estremecia diante do imprevisto.
Com passos irresolutos, se aproximava da escola em que votava. Não se sabe se por conta de um buraco na calçada, de seu próprio andar vacilante, ou da providência divina, tropeçou e caiu, estatelando-se na calçada. A rua, àquela hora deserta, não abrigava uma testemunha sequer daquela queda ridícula. Ralou um pouco mãos e joelhos. Mas não se importou. Não reclamou sequer. E nem teve tempo para isso. O “santinho” que lhe faltava estava na sua frente. Uma paleta de cores perfeita, um número digno de confiança e, principalmente, um candidato de rosto simpático.
No entanto, talvez pela perturbação da queda ou pela turbação da pressa, não percebeu que o “santinho” era mais um desses amálgamas forjados pelas águas de muita chuva. A metade do número era de um candidato e a outra metade, de um candidato outro. O nome e a foto, de um terceiro candidato não identificável. A paleta de cores era resultante da fusão dos três folhetos, impressos em papel de qualidade duvidosa.
Sem notar esses pormenores, o achado devolveu-lhe a confiança, a incisividade dos passos. Rapidamente chegou ao local de votação, já quase vazio. Em sua seção, além de si apenas dois eleitores – um deles já na urna – e os mesários. Esperou pouco menos do que cinco minutos. Na urna, o primeiro número que digitaria era aquele último, achado ao acaso há poucos minutos.
Concluídos os cinco dígitos que figuravam naquele folheto, a surpresa: o número não existia. O voto seria nulo, caso o confirmasse. Só então percebeu que o “santinho” que tinha em mãos era um mistifório forjado pela união de três ou mais folhetos fundidos pluviosamente num único e ilusório exemplar. Percebeu que a própria técnica de fugir ao logro que lhe parecia ser o processo eleitoral, com seu sistema proporcional temperado pelo voto obrigatório, lhe ludibriara.
Experimentou um sentimento contraditório, uma espécie de desespero agradável, ao se ver naquela situação sem saída. Era profundamente antagônico tudo quanto sentia ali, diante daquela urna que, eletronicamente, demandava um voto impossível. Uma desesperança sem medo se apossava de tudo. Foi quando imaginou que aquele seria o número do candidato no qual gostaria de votar. O candidato ideal. Irreal. Imaginou e confirmou. Cortando sempre os últimos dígitos, foi votando em outros candidatos daquele mesmo partido nulo. Inexistente.
Decidiu ali os votos daquela e, muito provavelmente, das próximas eleições. Nunca mais correria o risco de eleger alguém que não quisesse. Votaria sempre naquele partido fictício cujo número – sugestivo – é 69. Puro capricho de quem não se sente, de fato, emanante do poder.
Teofilo Tostes Danielé poeta e escritor nas horas cheias. Nas horas vagas bendiz o ócio, lê, canta no chuveiro e nas aulas de canto. Nas plenas, conversa com amigos, reúne-se em família, brinca com suas cachorrinhas e é feliz com sua esposa. E em horário comercial é analista de comunicação do Ministério Público Federal. Nasceu a tempo de aproveitar os últimos seis meses dos anos 70, o que talvez justifique alguns traços de sua personalidade. É formado em Produção Editoral pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e vive em São Paulo desde 2006. Publicou “Trítonos – intervalos do delírio” (Patuá, 2015) e “Poemas para serem encenados” (Casa do Novo Autor, 2008). Participou ainda das coletâneas “Escritor Profissional – Volume 3” (Oito e Meio, 2016), “Antologia Inaugural – Patuscada” (Patuá, 2016), “Di Menor” (Publicação digital na plataforma Issuu, 2015) e “História Íntima da Leitura” (Vagamundo, 2012) – projeto em que também realizou, junto com Paulo Mainhard e Fabiana Turci, um documentário com os autores. Colaborou ainda com a “Enciclopédia de Guerras e Revoluções do Século XX” (Elsevier/Campus, 2004). Tem contos e poemas publicados em revistas literárias, além de artigos nos sites "Musa Rara", "Las Abuelitas", “Transfeminismo.com” e “Rio&Cultura”. Escreve habitualmente em http://teofilotostes.wordpress.com/.