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Vincent Yu |
I
a cabeça feminina: um pássaro
dia
dema coroada
gaiola máscula
atef
capacete raiado
o crânio catedral
a cabeça feminina e a coroa
de espinhos
santa madre do homem
espetado
o homem feldspato
enjaula 60% da crosta
terrestre
o homem talco
o espírito do pássaro
no palato
da cabeça feminina
espiralada
ressoa dínamo entre nós
nos damos bem
nossas luvas de látex
nossas máscaras
de carvão
suturam a trindade
perdida
do sudário
que nos habita
II
antiga e adorada divindade
compadeço-me de tua fome
sabem os que tem na testa
tua marca bestial, sabemos bem
o que é a fome de infinito
corpos terrenos corpos celestes
harpas nódulos missais
ave mecânica satânica
imã sacrificial
há fome no teu ventre
virgem
galáxia contorcida
compadeço-me de teu carisma materno
ensurdecedor
tua missa perecível
tua benção inconstante
teu leite crisalido, enxofre na glândula
das visguentas rebentações elétricas
do caos
prole de corpos terrestres corpos marsupiais
quânticos e fervorosos
tua prole tem apetite voraz
galateia com estômago raivoso
mãe etérea pai esplendoroso
compadeço-me de tua subversão
cósmica cósmica
maia inca pele de escama
barbatana magnética
guia-nos aos teus
o que é minha fome de pão
perto do teu vazio espacial?
III
há fome no olho da lua
asteroides lâminas alienígenas raspam a atmosfera
e os homens enjaulados em suas pequenas misérias
perdem o espetáculo luminoso
andrômeda andrômeda cagliostropeia
nomes de visões empoeiradas
onde está o fonema das estrelas
novas que orbitam
um pulsar em convulsão?
ceifeira
na clarividência da tua foice
randômica
meu escafandro estelar
dia
dema
no
espelho
de raios gama
a cabeça feminina: um pássaro
dia
dema coroada
gaiola máscula
atef
capacete raiado
o crânio catedral
a cabeça feminina e a coroa
de espinhos
santa madre do homem
espetado
o homem feldspato
enjaula 60% da crosta
terrestre
o homem talco
o espírito do pássaro
no palato
da cabeça feminina
espiralada
ressoa dínamo entre nós
nos damos bem
nossas luvas de látex
nossas máscaras
de carvão
suturam a trindade
perdida
do sudário
que nos habita
II
antiga e adorada divindade
compadeço-me de tua fome
sabem os que tem na testa
tua marca bestial, sabemos bem
o que é a fome de infinito
corpos terrenos corpos celestes
harpas nódulos missais
ave mecânica satânica
imã sacrificial
há fome no teu ventre
virgem
galáxia contorcida
compadeço-me de teu carisma materno
ensurdecedor
tua missa perecível
tua benção inconstante
teu leite crisalido, enxofre na glândula
das visguentas rebentações elétricas
do caos
prole de corpos terrestres corpos marsupiais
quânticos e fervorosos
tua prole tem apetite voraz
galateia com estômago raivoso
mãe etérea pai esplendoroso
compadeço-me de tua subversão
cósmica cósmica
maia inca pele de escama
barbatana magnética
guia-nos aos teus
o que é minha fome de pão
perto do teu vazio espacial?
III
há fome no olho da lua
asteroides lâminas alienígenas raspam a atmosfera
e os homens enjaulados em suas pequenas misérias
perdem o espetáculo luminoso
andrômeda andrômeda cagliostropeia
nomes de visões empoeiradas
onde está o fonema das estrelas
novas que orbitam
um pulsar em convulsão?
ceifeira
na clarividência da tua foice
randômica
meu escafandro estelar
dia
dema
no
espelho
de raios gama