I.
Que
Escolhas agressivas
Sob as madressilvas adormecidas
Em tardes aborrecidas
Farei, agora sendo eu?
De que jornal terá noção
À feição da notícia,
Seu jogral de Pisa
Numa treliça dançante
Que projeta sombra na memória
Quantos sonhantes não vieram depois
Uma brisa desaponta por não ser,
Apenas passar. Que exagero, assim de dia
Podia ao menos estar.
II.
Tenho caráter médio
E boa altura - a alma de um prédio.
Espanta esse tédio
E vem num tropel ensandecido
Deixa as coroas feitas por gotas
Na foto de uma poça
O troféu de encomenda é a homenagem
Ao pequeno corpo dourado e endurecido.
O homenageado ficou sem ter sido,
Vocês cederam os direitos e vão morar na navilouca.
III.
Sou o maior careta da face da guerra
O olho revira enquanto a boca berra:
Coreografa essa impressão? Pudera!
Parece que vagaram as narinas da sua cabeça
Até a testa, e o culpado é um bisturi de besta.
Ter um escalpo, por fiapo pendurado,
Ter o couro perdurado é digno de nota
O que prova que não se aprende na escala
Colando dos colegas da escola o tempo todo.
A diretora organiza um teletorneio
Vários imbecis
Resolvem daí pra frente ficar sós
É só cumprimentar os amigos na retaguarda
Confessa o encontro cômico com gás
Que sabemos que fomos nós.
E já que estamos falando nisso,
Quero apenas o ar deslocado
Que sobrou do seu sumiço.
Que mais? Passar vergonha.
Que mais? Acho que é isso. Boa noite.
Que
Escolhas agressivas
Sob as madressilvas adormecidas
Em tardes aborrecidas
Farei, agora sendo eu?
De que jornal terá noção
À feição da notícia,
Seu jogral de Pisa
Numa treliça dançante
Que projeta sombra na memória
Quantos sonhantes não vieram depois
Uma brisa desaponta por não ser,
Apenas passar. Que exagero, assim de dia
Podia ao menos estar.
II.
Tenho caráter médio
E boa altura - a alma de um prédio.
Espanta esse tédio
E vem num tropel ensandecido
Deixa as coroas feitas por gotas
Na foto de uma poça
O troféu de encomenda é a homenagem
Ao pequeno corpo dourado e endurecido.
O homenageado ficou sem ter sido,
Vocês cederam os direitos e vão morar na navilouca.
III.
Sou o maior careta da face da guerra
O olho revira enquanto a boca berra:
Coreografa essa impressão? Pudera!
Parece que vagaram as narinas da sua cabeça
Até a testa, e o culpado é um bisturi de besta.
Ter um escalpo, por fiapo pendurado,
Ter o couro perdurado é digno de nota
O que prova que não se aprende na escala
Colando dos colegas da escola o tempo todo.
A diretora organiza um teletorneio
Vários imbecis
Resolvem daí pra frente ficar sós
É só cumprimentar os amigos na retaguarda
Confessa o encontro cômico com gás
Que sabemos que fomos nós.
E já que estamos falando nisso,
Quero apenas o ar deslocado
Que sobrou do seu sumiço.
Que mais? Passar vergonha.
Que mais? Acho que é isso. Boa noite.