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7 poemas de Guilherme Fernandes Garcia

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POEMA/ABJETO

NAVIO FANTASMA_À Tico, o coveiro/escritor!

A vida é um
porto…

Um marco!

|D´uma
fragilidade
profunda|

D´onde sai
um barco

Que num sopro
se afunda…

ALVENARIA

Quem diria
que o pedreiro
não é feito de barro!?
Eu paro
respiro
transpiro
no chão me esparro…
Quando dou meia
volta volta & ½
num jarro esbarro
Tudo e/ou todo
….do analfabeto
Ao que X em quando arrisca
um verso-
parece 
voltar a ficar tranquilo


HOCUS POCUS

Nascemos corpos macios
& Morremos copos vazios


BOCKET TO RÚSSIA

Sai só
de dentro
da vagina
-imagina-

De várias
Matrioshkas
Vazias

Sou pária
Sem par
Sem pátria
Sem pai
Sem pau
Sem mátria

Vivo num mato sem cachorro
Mato pra ver se não morro !?!


A FRESTA DA DEMO_CRACIA!

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A VIDA DOS ANIMAIS_À Coetzee!

No ano
em que li:

“E o verbo
se fez carne…”
(Sic.k)

Me tornei
vegetariano…


links:
  



Bio depoimento:  Guilherme Fernandes Garcia
Claridade e objetividade nem por caridade são traços de minha personalidade ou escrita. Contudo vamos ao todo! Fui produzido na Zona Franca de Manaus em 1975, no século passado.  Meio judeu meio cigano, morei do Rio Grande do Sul a São Paulo, passando pelo Congo, França, Suiça, Portugal e muito recentemente por vários países Latino Americanos; em quase dois anos de mochilão… Passados praticamente mais de 42 anos subo aqui nesse palanque e tal qual Pedro Rubro, o macaco falante de Kafka, sou incitado a digitaralguns caracteres sobre minha persona. Penso que tenho caráter e caracteres o suficiente para tanto, todavia objetividade e clareza…
Sou obscuro por natureza!
Eterno graduando, endêmico das letras, do bacharelado em Francês com Ênfase em Teoria da literatura; sou deformado pela FALE-UFMG.  Em meu percurso-percalço percorri salas e corredores também da Escola de Belas Artes, onde cursei dentre outros estudos ligados à conservação, os de: História do Livro e Conservação Preventiva de Arte Contemporânea
Escrevo desde a mais tenra idade. Dos sete para os oito anos ‘publiquei’ meus primeiros trabalhos pela Ed. Atelier, uma editora falsa- fajuta em que meu pai, ex- livreiro cuja graça e memória hoje nomeiam uma pequena biblioteca pública na cidade de Formiga- MG, e meu irmão mais velho, ‘artista de plástico’ e de papel, escritor de livros infanto-juvenis e ilustrador de tudo faziam. Imprimiram mambembemente os volumes: As histórias que Guilherme contava, O elefante e o rato e por fim o que ficou só na boneca: O beija-flor diabético & outros contos, esse já com onze para doze anos de idade.
Venho trabalhando com produção cultural, montagem, monitoria de exposições, como galerista e marchand, com distribuidoras de livros e sebos em lugares como Palácio Das Artes/Bhz – em exposições como: American Graffitti (Basquiat, Futura 2000, Crash…), O Brasil e os Holandeses (Franz Post e Albert Eckout), Artur Bárrio, Centro Cultural da UFMG (ZIP- Zona de intervenção poética com Ricardo Aleixo e Renato Negrão, grande poeta e amigo das épocas de Soma Terapia e do Poesia é um Saco!), Sebo-Livraria Vaca de Letras (Formiga-MG), distribuição  das editoras AGIR, Nau e 34. Fui bibliotecário do Movimento Punk Libertário daqui de Belo Horizonte, trabalhei ainda na Diretoria de Ação Cultural da UFMG (Festivais de Inverno), Fórum Bhz Vídeo, com projeção no Cine Imaginário Banco Nacional de Cinema, dei e recebi dos mestres tipógrafos aulas de tipografia no Atelier Memória Gráfica (projeto dentro de uma instituição penal para menores em situação de risco social) e em um passado distante, em 94 onde comecei, no B.H.R.I.F.  Belo Horizonte Rock Independent Festival, como intérprete do cultuado trio de oldschool hard-core FUGAZI!
Fui também por mais de quatro anos membro do Conselho Cultural – Curatorial da Aliança Francesa de Belo Horizonte, à frente do corpo de jurados de concursos literários pela instituição promovidos, exposições com artistas como: João Maciel, Miguel Gontijo, RodolpheHuguet, Marc Riboud e muitos outros.
Tenho um conto e alguns Lambe Lambes publicados pela revista virtual R.NOTT (link em anexo) e alguns textos pelo coletivo sulista chamado MALDOHORROR (Idem...)

Escrevo porque devo e nada além. Escrevo porque não devo nada a ninguém, ou talvez poderia dizer que escrevo sobre e sempre com o pensamento no além, no lugar nenhum, no nada, nas categorias do negativo, no absurdo, no abjecionismo, no decadentismo, no penumbrismo, na bestialogia, no nonsense, no surrealismo, na patafísica e em dadá…  Pode ser que esse seja afinal o meu beabá.


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