Persiana Fértil.
talvez eu seja a porra de um pássaro de asas amputadas
sem poder sentir o céu
talvez eu seja um subversivo com a camisa suja de sangue
talvez eu seja deus
mutilando criancinhas inocentes
assassinando e estuprando Estamira
eu vi orgias atrás de botecos na zona leste
sirenes gritando no acaso das madrugadas
eu apanhei de homens fardados
filhos da puta broxas
eu gozei no salto alto da Stefanie e no cabelo da Lara
senti o suor das pessoas em carnavais de salão
alucinações de lança perfume
amei mulheres doentes
gostosas e esquizofrênicas
se eu fosse um bom filho
fiel, honesto e saudável
eu não estaria fodido no dia de hoje
eu trepei em saídas de emergência
com adolescentes depiladas e coloridas
universo violeta
fim de tarde laranjado
tudo é bonito por aqui
toda linha de trem tem alguém cheirando cola
eu sou o seu sonho pesado de depois do almoço
sou o fracasso dos 12 passos
uma Exu fêmea querendo foder com todo mundo
talvez eu seja a porra de um pássaro de asas amputadas
que não pode mais sentir o céu
sem poder sentir o céu
talvez eu seja um subversivo com a camisa suja de sangue
talvez eu seja deus
mutilando criancinhas inocentes
assassinando e estuprando Estamira
eu vi orgias atrás de botecos na zona leste
sirenes gritando no acaso das madrugadas
eu apanhei de homens fardados
filhos da puta broxas
eu gozei no salto alto da Stefanie e no cabelo da Lara
senti o suor das pessoas em carnavais de salão
alucinações de lança perfume
amei mulheres doentes
gostosas e esquizofrênicas
se eu fosse um bom filho
fiel, honesto e saudável
eu não estaria fodido no dia de hoje
eu trepei em saídas de emergência
com adolescentes depiladas e coloridas
universo violeta
fim de tarde laranjado
tudo é bonito por aqui
toda linha de trem tem alguém cheirando cola
eu sou o seu sonho pesado de depois do almoço
sou o fracasso dos 12 passos
uma Exu fêmea querendo foder com todo mundo
talvez eu seja a porra de um pássaro de asas amputadas
que não pode mais sentir o céu
Pires, jornais e Alpendres.
e se o céu desabasse
sobre a bichana sem roupas na minha sala
ninguém aprende nada com as ressacas
e esse cheiro de xota na minha cara?
foi em setembro que morri pela primeira vez
há glamour no suicídio?
fiz um pacto com as janelas
bebi pra caralho
fodi com tudo
sou a tragédia anunciada dos jovens de hoje em dia
dos assaltos, do tráfico de crack e cocaína
mas as garotas ainda são tão bonitas
nesse eterno recreio
de flores controversas
e sexo nas varandas
eu sorrio com a ajuda do ácido e aprecio bundas adulteradas pelas drogas sintéticas
sera que o verão vai demorar muito pra chegar?
sobre a bichana sem roupas na minha sala
ninguém aprende nada com as ressacas
e esse cheiro de xota na minha cara?
foi em setembro que morri pela primeira vez
há glamour no suicídio?
fiz um pacto com as janelas
bebi pra caralho
fodi com tudo
sou a tragédia anunciada dos jovens de hoje em dia
dos assaltos, do tráfico de crack e cocaína
mas as garotas ainda são tão bonitas
nesse eterno recreio
de flores controversas
e sexo nas varandas
eu sorrio com a ajuda do ácido e aprecio bundas adulteradas pelas drogas sintéticas
sera que o verão vai demorar muito pra chegar?
Pau no Cu do Drummond.
por entre cores, ruas e luas
Jaqueline distorce minhas noites
com beijos calmos na minha boca torta
Jaqueline fez xixi na minha mão no banheiro de azulejos cor de rosa
e sorriu sem remorso meus fetiches
se o tempo parasse ás 4h da manhã eu estaria dentro de você
Jaqueline é um sonho de padaria
toda rabiscada enfeitando os lugares por onde passa
seu cheiro bom esquecido nos meus lençóis
fios do seu cabelo espalhados pelo piso branco
expondo todas as partes de seu corpo iluminado
queria contar de você pra Maria
ela diria que meu sangue é sujo
Jaqueline é um pôr do sol na janela do carro
linda com uma lata de cerveja na mão
do meu lado na minha cama ou num colchão jogado no chão
Jaqueline é uma estrela cadente nos meus braços
na realidade do gosto de seu sexo na minha língua
logo é carnaval nega
Jaqueline distorce minhas noites
com beijos calmos na minha boca torta
Jaqueline fez xixi na minha mão no banheiro de azulejos cor de rosa
e sorriu sem remorso meus fetiches
se o tempo parasse ás 4h da manhã eu estaria dentro de você
Jaqueline é um sonho de padaria
toda rabiscada enfeitando os lugares por onde passa
seu cheiro bom esquecido nos meus lençóis
fios do seu cabelo espalhados pelo piso branco
expondo todas as partes de seu corpo iluminado
queria contar de você pra Maria
ela diria que meu sangue é sujo
Jaqueline é um pôr do sol na janela do carro
linda com uma lata de cerveja na mão
do meu lado na minha cama ou num colchão jogado no chão
Jaqueline é uma estrela cadente nos meus braços
na realidade do gosto de seu sexo na minha língua
logo é carnaval nega
Miguel Doente Mental.(Titio te bate)
desconversa nos sinais amarelos
sua vontade de esquecer meu passado
faz charme em frente o espelho
no meu banheiro
empina os seios
e finge acreditar nas mentiras que me obriga a dizer
suas paixões
seus fogos de artifício
há mil mistérios sob a tua pele
vestindo o sol
é que gosto da Ellen e de você também
e sempre sorrio
esqueço beijos por tantos lábios
mas é tão bom o cheiro do teu pescoço
quando o desejo incorpora na tua carne
e cochicha sacanagens em minha orelha
meu álibi é você
já sei de cor a profundidade do teu umbigo
a textura do seu ventre macio
o tamanho do teu grilo
desvirginando minhas manhãs
minha pomba-gira pagã
fuçando minhas gavetas
chorando, bebendo e trepando
entrando pela porta da cozinha
toda molhada de chuva
toda molhada de chuva
Galinha da Angola.
sussurrou seu feitiço de domingo no pé do meu ouvido
feito criança brincando descalça no quintal da casa da vó
eu barganho todo dia com o diabo
pra te causar desgosto
tropecei nos teus olhos floridos de primavera
e cai no teu abismo de dramas numa manhã de sábado
seus remédios caseiros pra minha tosse
na surpresa da luz acessa
achei teu corpo aberto pra mim
desenhou uma estrela azul de caneta bic na minha mão e me deu sua bunda pra eu lamber
se rende as minhas farras
os porres e os poemas pra outras garotas
estudei as minúcias da tua vagina
toda pele, curva, cheiro, sabor
todo sentimento que há ali
seus dias são inteiros
enquanto minhas noites são eternidade
e eu invento qualquer verdade que te faça sorrir
feito criança brincando descalça no quintal da casa da vó
eu barganho todo dia com o diabo
pra te causar desgosto
tropecei nos teus olhos floridos de primavera
e cai no teu abismo de dramas numa manhã de sábado
seus remédios caseiros pra minha tosse
na surpresa da luz acessa
achei teu corpo aberto pra mim
desenhou uma estrela azul de caneta bic na minha mão e me deu sua bunda pra eu lamber
se rende as minhas farras
os porres e os poemas pra outras garotas
estudei as minúcias da tua vagina
toda pele, curva, cheiro, sabor
todo sentimento que há ali
seus dias são inteiros
enquanto minhas noites são eternidade
e eu invento qualquer verdade que te faça sorrir
Jesus Nu.
entra pela porta porta sem bater
como um sol que invade minha janela
uma divindade bêbada em plena tarde
gastando a herança do pai
Maria Rita é o de repente
mais diaba do que gente
sem hora pra partir ou pra chegar
que mistura cachaça com coca-cola
que descobriu orgasmos cavalgando em cima de mim
Maria Rita é uma história mal contada
uma cena de novela inacabada
noites de cocaína imaginando onde Maria estará
eu agonizo com a boca na tua teta direita
Maria Rita é um jogo de azar
desgraçando minha vida e rindo enquanto enfia dois dedos no meu rabo
me faz de gato e sapato
ignora o amor
não faz planos
esparramada na cama
Maria Rita é o chão cheio de confetes e serpentinas durante o carnaval
efêmera Maria
é o gosto amargo do ácido na ponta da minha língua
como um sol que invade minha janela
uma divindade bêbada em plena tarde
gastando a herança do pai
Maria Rita é o de repente
mais diaba do que gente
sem hora pra partir ou pra chegar
que mistura cachaça com coca-cola
que descobriu orgasmos cavalgando em cima de mim
Maria Rita é uma história mal contada
uma cena de novela inacabada
noites de cocaína imaginando onde Maria estará
eu agonizo com a boca na tua teta direita
Maria Rita é um jogo de azar
desgraçando minha vida e rindo enquanto enfia dois dedos no meu rabo
me faz de gato e sapato
ignora o amor
não faz planos
esparramada na cama
Maria Rita é o chão cheio de confetes e serpentinas durante o carnaval
efêmera Maria
é o gosto amargo do ácido na ponta da minha língua
Caramujos no Quintal.
decorei coxas, bundas e
sambas do Wilson Batista
brinquei minhas putarias de bermuda e chinelo
desrespeitei semáforos e familiares
festejei meu time campeão
quando precisei sai na mão
tantas noites só fui e nunca mais voltei
despercebido me fiz de coadjuvante atrás de dinheiro
vendendo droga na esquina
e chorei em seios aleatórios
promíscuo demais
vi deus vestido de mulher
ateando fogo no próprio corpo
me deitei com morenas de pelos grossos
musas clandestinas
eletrochoques na retina
Vênus, margaridas, Oxum's e jasmins
trepando em varandas escondidas do sol
pro sexo arder mais
despercebido me fiz de coadjuvante atrás de dinheiro
vendendo droga na esquina
e chorei em seios aleatórios
promíscuo demais
vi deus vestido de mulher
ateando fogo no próprio corpo
me deitei com morenas de pelos grossos
musas clandestinas
eletrochoques na retina
Vênus, margaridas, Oxum's e jasmins
trepando em varandas escondidas do sol
pro sexo arder mais
André Rocha, 28 anos. Depois de ser fichado inúmeras vezes pela polícia, o autor entrega sua hostilidade para a literatura marginal e publica o seu primeiro livro de poemas Suzana sem calcinha na calçada de paralelepípedos, pelo Editora Carrancas, 2015. André tem textos publicados no jornal Elefante de Menta, Germina e mallarmargens e escreve no blog: http://andrerocha171.blogspot.com.br e escuta samba aos domingos.