Primeiro conto 13
Cegamente ela invadiu a porta, o corredor era estreito e comprido.
Claudia, sem uma forma física de atleta,
Sentiu-se exausta ao atravessar aquele cubículo longo,
Bateu três vezes,
Pois era educada o suficiente para esperar,
Eis que ela se abre um tanto quanto entre aberta,
Sôfrega Claudia entra pelas beiradas
Como uma serpente
Se esfregando pelo vão das árvores.
Ela escondeu-se entre as cortinas,
Seu amante a ajudou, ela estava na casa,
E agora esperava sua cobaia voltar do trabalho.
Eu…
Corro para não ter que perde
O sono com as alucinações
Desta alma tão tranquila
E tão pequena
Dentro deste coração
... tão sorrateiramente
Apertado
Sem frestas
E sem tempo
Prelúdio antropofágico 1
Não é necessário
Amar os teus olhos crus
Quando é possível degustar
Simplesmente
De tua pele tenra
... e calma
Prelúdio ao fim do mundo
Deparei-me, na fila do supermercado, com uma
mulher parcialmente avantajada, de voz feminina,
tão feminina que parecia um rouxinol, se fechasse
os olhos para ouvi-la me sentiria em um jardim,
mas ao contrário, vê-la era como se a voz não fosse
dela, seus quadris eram grandes e as pernas eram
finas, os dedos arredondados como salsichas e o
cabelo em tom gema cozida, tinha a sua beleza
protuberante aos seios de uma mulher de sexta-feira
a tarde: levemente suada, shorts sport comprando
salgados no mercado. Ela pagou tudo com cartão,
digitava a senha com dedos suados enquanto bebia
esporadicamente goles longos de refrigerante, ela
tinha a graciosidade de um pombo diante do pão no
jardim de domingo... Ela era o frescor da sexta-feira
do fim do mundo.
Pequena Auto-apresentação :
Ana Moraes é autora do livro de poemas Das coisas que eu disse enquanto você dormia-Ed.Patuá, Ana Moraes é uma mulher borboleta, casulo de seus sonhos, educadora, atriz, cursou a Faculdade de Filosofia e Pedagogia, mas só conta isso para quem confia. Gosta de comprar discos pela capa, e prefere lua crescente a lua nova. Costuma dançar as vezes, e no frio louva deliciosos copos de leite quente com chocolate. Gosta de conversar com estranhos, mas não muito. Observa a sacola de compra das pessoas para tentar descobrir suas vidas e angústias. Ana Moraes é uma mulher comum e diz para todo mundo que faz poesia.
Ana Moraes é autora do livro de poemas Das coisas que eu disse enquanto você dormia-Ed.Patuá, Ana Moraes é uma mulher borboleta, casulo de seus sonhos, educadora, atriz, cursou a Faculdade de Filosofia e Pedagogia, mas só conta isso para quem confia. Gosta de comprar discos pela capa, e prefere lua crescente a lua nova. Costuma dançar as vezes, e no frio louva deliciosos copos de leite quente com chocolate. Gosta de conversar com estranhos, mas não muito. Observa a sacola de compra das pessoas para tentar descobrir suas vidas e angústias. Ana Moraes é uma mulher comum e diz para todo mundo que faz poesia.