[caneta e giz sobre papel, 2015]
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como se de fora ver os dedos entranhados no dorso cegamente exposto, nesse lodaçal que é nosso quarto, onde arfando dorme o animal disforme que são nossos membros amontoados, indistinguíveis como as escovas de dentes [vermelhas, eu te perguntei], bicho acabrunhado em meio às cobertas que ontem, num plano, acreditamos inocentes, seguro, umedecemos, sente nosso cheiro?, os guardanapos empapados de gordura espalhados pelo chão.