DA SINESTESIA
Há um cheiro de cores
nas auroras dos meus dias.
Tempo
que cultivava flores
no olhar.
A vida
me paladava,
viçosos brotos.
Eram meus dias de flora
em ondas de cantos
ger
minar.
OBSERVAÇÃO
É no amanhecer
que se despe
etérea a lua
pro ingresso do dia.
É nos fins de tarde
que se espera a noite
acordar-se estrelas
no sono do sol.
MÃE-TERRA
A Mãe-terra tem curvas,
montanhas. Púbis, jardins.
Seu perfume ela incumbiu às flores
mares e rios, lágrimas sem fim:
de tristezas e alegrias
de chuvas.
Seus cabelos
são os gramados do mundo...
Cada flor
um sorriso pétala se abrir.
E em seu coração
os amantes
dentro
se amando.
Weslley Almeida, 32 anos, é de Feira de Santana, Bahia. Graduado em Letras e especialista em Língua Inglesa,fez parte do jornal transdisciplinar Fuxico (NIT/UEFS), onde atuou como vice-coordenador.Tem cinco títulos publicados, e também, trabalhos selecionados em antologias de diversos concursos literários. Foi co-organizador de cinco edições do Café Literário em sua cidade e de muitos saraus. Escreve no blog Lê-tranças: letrancas.blogspot.com.