"Ideia, não me falte!"
É a invocação à Musa.
Tendo esta feito, está fado,
Na fiarada que conecta a sina
O jogo de pula-elástico
Pelas pernas daquelas meninas
O sobe-e-desce das ações
Do General Elétrico...
A segunda guerra explicada
Só dando as latitudes
Dos quatro pontos cardeais
E alguma trigonometria.
Somos potência estrangeira
Seguimos a doutrina plástica
Da boataria. Eu a imputaria,
Assim, generalizada. Sendo assim,
Fazendo gênero se dita a ideia
Então por toda a aldeia.
Acende uma fogueira -
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É a invocação à Musa.
Tendo esta feito, está fado,
Na fiarada que conecta a sina
O jogo de pula-elástico
Pelas pernas daquelas meninas
O sobe-e-desce das ações
Do General Elétrico...
A segunda guerra explicada
Só dando as latitudes
Dos quatro pontos cardeais
E alguma trigonometria.
Somos potência estrangeira
Seguimos a doutrina plástica
Da boataria. Eu a imputaria,
Assim, generalizada. Sendo assim,
Fazendo gênero se dita a ideia
Então por toda a aldeia.
Acende uma fogueira -
Tá vendo? O lugar devia ser esse
Mas tá muito capenga,
A câmera vê que quando o poema chega
A cena projeta um close no fundo
Se alça um sorriso ácido
Se cai do morro das faces
Em avalancha, se um clima gelado
É brindado com uma chuva
Dilúvio no negro de um veludo,
Esquece, o flash chapa tudo
Aparece o boom do microfone
Acena pro tablado e chama
A produção pra refazer a cena.
Hey! Desmembrado, o brado
Já está dado, o broto, cê
Não sabe, cara, foi eletrocutado
Um aborto espontâneo da espécie
O sinal do que passa no ser humano
Para o que se estabelece
Atravessa o muezim rezando na praça
Projeta uma cidade em volta
Que cataplasma sua era, de vitórias
Sobre plenos universos, imersos
No dia em que o último dos infinitos
Tiver fim.
Mas tergiverso, Musa:
Só te conclamo pra exclamar
Que se um dia, quando vierem saber
De uma estrela distante
Que fim nós levamos,
Você não me faça responder
Apenas lhes faça amor
Mesmo com toda história
Que carregamos, se o orgasmo for
O instante único de todos
A se eternizar!