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Interagindo com a Sala de Espelhos de Yayoi Kusama│Foto: Juliana Botão |
Em seus ombros eu trilhava o mundo,
estava nos ombros de um gigante
– como um dia esteve Isaac Newton.
Já cedo, antes de maçãs caírem,
eu já tinha sentido o poder da gravidade
(meu pai sempre caía e eu o seguia).
Primeiro porre aos doze
Será que a primeira maçã sentiu vergonha?
[aquela que apontou o caminho e não
exatamente aquela que nos cuspiu do paraíso.
Penso nisso,
penso na maçã,
em Newton,
em meu pai
e no simbolismo.
Penso que se eu fosse a maçã teria
me envergonhado de ser assistida
em uma queda individual,
pois se naquele momento histórico
todas as maçãs tivessem caído,
Newton pensaria em terremoto e não em gravidade.
Toda vez que quedo penso nele (no tal do Newton) e
olho para os lados para ver se servi de protótipo para algo maior.