imagem dominic rouse
das comissuras da vida se vê as entranhas no cimento, na artimanha entre os aparelhos eletrônicos, no anacrônico na corda que acanha o ouvido de hendrix... e nos restos de meu pai... que um dia foi chamado organismo num mix de água e proteína... as memórias avulsas... são memórias visuais num quadro de pitágoras, ou em alguma seqüência matemática, que não se decifra, no funesto que espalha entre o ducto auditivo... espelha onde os olhos estão atarraxados com esparadrapos e anfetaminas, num tipo de fita adesiva, onde cortam as palavras, num sistema vapt vapt, ou em não sistema vacutainer, para um poema em prosa em ambiência citadina:-
onde se retira sangue e poesia sem luvas.
e
enquanto os dias pasmam seus vômitos, seguindo caminho noturno, entre os sapatos do tipo coturnos e as meninas bailarinas, vê-se aquele negro sorrindo para sua mochila. e se na esquina se criam microorganismos, do tipo virulento, se faz à chacina em pasta de coca recheada de poema.
e
então, venha meu amor, veja a minha coleção de pombas, de cabras e um lagarto no fundo desses olhos castanhos...