Esse astrômato, autolábio na lama, me reclama
Com o outro, que o antegoza e vem a faltar
Fazem testes com a turma dos anos dourados
Todos atrás do cúmulo dessa experiência
Mas espera: os doentes deram de bruços
E resolveram ao mesmo tempo ficar malucos!
Agora segue, nessa dança sou seu par
Ouse levantar seus pés para os frutos,
Entre os deuses, de sua oferenda!
Separando terra e água o progresso,
Ao longo dos séculos, nos atinge.
Nenhum arauto da áurea idade
Nos reconheceria entre os nobres
Dos sonhos de pés de barro.
Seus barcos naufragavam entre as flores
Música citando música - claro que é concreta -
Incoerente, inocente como um plano cantado
Entre pássaros. Roubamos algumas garantias
Origamis frisados na Casa da Moeda.
Os papéis que até nós forçaram pela história
Seu caminho, contam pros netos o que
Querem preservar! Propaganda, cruzeiros oceânicos
Vendidos por helicópteros e megafones
Numa efígie pisca o olho, fotofóbica, você
Uma diva em época errada, fuma como se os pulmões
Não fossem nada. Os olhos ardendo de fumaça
Arredondam o erro que tinham que dar.
Tem mescal? Depois desse, o mesmo caos?
Não conclui melhor que uma pesquisa,
Por miséria, por seu bem, muito bom.
Um desencanto que nos leva a construir
Deve ser marcadamente especial. O que seguimos
Nos remoça, uma tela na palhoça, no brechó
Um buraco cheio de vapor com pedras
Me escapa se alguém nasce grudado no seu tema
Imitando demais um jeito de te ignorar
Pra ser eu.
Você, por outra, dorme fora, ajuda a empurrar carros,
Sempre foi muito independente.