CONTAGEM
Ali onde o perfume faz sombra
deixo os dias,
O que fazer com os vestidos
e tua respiração?
Não há espaço para colocar o que é impossível,
que confuso cruzar o passado,
ser algo mais que uma caixa
Tudo está em seu lugar
e eu fico.
*
RECUENTO
Allí donde el perfume hace sombra
dejo los días
¿Qué hacer con los vestidos
y tu respiración?
No queda espacio para meter lo que no tiene remedio
qué confuso cruzar el pasado
ser algo más que una caja
Todo está en su lugar
yo me quedo.
CONFISSÃO
O mármore que te cobre não é o de Rodin,
só a pedra suporta o peso que escorre
Porque ao olhar a foto
permaneço em sépia?
Que acontece?
quem impulsa a ruptura?
Bem dizias que a morte sempre ocorre,
viver acontece a vocês
é isso quem sabe.
*
CONFESIÓN
El mármol que te cubre no es el de Rodin
sólo la piedra soporta el peso que escurre
¿Por qué al mirar la foto
permanezco en sepia?
¿Qué ocurrió
quién impuso la ruptura?
Bien decías que morir ocurre siempre
vivir sucede a veces
y eso quién sabe.
MEDITAÇÃO
Não diga nada
O ouvido tem
Sua própria fadiga.
*
MEDITACIÓN
No digas nada
el olvido tiene
su propia fatiga.
ENCONTROS
A forma em que me olhas, me dói,
Em que pensam os que levam a noite por dentro?
Talvez se nos conhecemos, deixaríamos
de perseguir a quimera
A porta se abre
sem necessidade de palavras
o quarto estava só.
*
ENCUENTROS
La forma en que se mira me duele
¿En qué piensan los que llevan la noche por dentro?
Quizá si nos conocemos, dejaríamos
de perseguir el humo
La puerta se abre
sin necesidad de palabras
el cuarto estaba solo.
AVALIAÇÃO
As fendas unem as câmeras aonde
os habitantes estão em suas vidas escuras
a fé se filtra nos muros e as flores dizem
o nome das tumbas que cobrem
No cozinha as baronesas sepultam o tempo
o frio da estufa intumesce
A casa está à venda,
não está incluído o calor que a sustenta.
*
AVALÚO
Las grietas unen las recámaras en donde
los habitantes están en obra negra
la fe se filtra en los muros y las flores dicen
el nombre de las tumbas que cubren
En la cocina las boronas sepultan el tiempo
el frío de la estufa entumece
La casa queda a la venta,
no incluye el calor que la sostiene.
Galeria: telas de Julio Ceballos Vega
Galeria: telas de Julio Ceballos Vega
JULIO CEBALLOS VEGA :artista mexicano que nasceu no Distrito Federal. Trabalha nas disciplinas de pintura, escultura, é também promotor cultural. Em relação a pintura, seus trabalhos tem sido apresentados em diversas galerias, museus, exposições coletivas, sobressai as exposições da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), Museu regional de Azcapolzalco, Casa-Museu Othón de San Luis Potosí e Casa de Cultura de Chimalhuacán EDONEX.
Em relação a literatura, ele representa o México com seus trabalhos em festivais internacionais tanto na Argentina como em Costa Rica, é membro da direção general do Festival ABBAPALAVRA e representante do mesmo no Estado de México e da Cidade do México, publicado JANELAS DE UM DIA EM BRANCO com o selo editorial ar em água e a secretaria de Cultura de San Luis Potosí, tem um segundo livro publicado em Buenos Aires NANDA EM COMUM com o selo editorial Olho de Poeta.
Marcos Samuel Costa é estudante de nível superior de ciências humanas II - serviço social na UFPA. Além disso é poeta, apaixonado por literatura, tem se aventurado nas traduções, estudou espanhol por algum tempo e continuou em casa por conta própria. Essa será a primeira vez que ele “publica” algumas de suas traduções. Marcos é natural de Ponta de Pedras/Ilha de Marajó/Pará, mas atualmente mora em Belém do Pará.