Uma nova maneira de escrever a mesma coisa. Algo, do sangue. Imagino, Alice. O que seriam os teus braços?
Um anjo ou um animal.
Estes braços entre outros braços que teus também. Assim.
Imagino todo o tempo. Mas uma flor não é um poema. Quando criança eu estive em uma guerra. Sei que você também. Meus pais se mataram muitas vezes.
Tua guerra, não vi. Mas sei que o ballet consumiu tuas veias, sempre quando noite ou dia, quando pó ou sorriso, quando canto ou pele, quando valsa ou inveja, quando surto ou estreia, quando sereia ou chaga.
Quando o vestido azul estava em teus ombros, quando caíste em minha cama, quando.
Imagino. Volto. Todo o tempo. Longe de Cholen. Em um quarto de hotel. No Centro de Goyastadt. Olho tua mancha branca. Teus ombros. O vestido. Os filhos. Nunca nasceram os filhos. Apenas os nomes. Sempre o infinito dos nomes.
O amor, uma fileira de corpos no armário.