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LANÇAMENTO DE MARIANA PAIVA + 5 MINICONTOS

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MARIANA PAIVA LANÇA SEU QUARTO LIVRO, CANTO DA RUA

                Nas largas avenidas das cidades ou entre as quatro paredes dos edifícios, a vida pulsa sem trégua. E é ela mesma que inspira a escritora e jornalista baiana Mariana Paiva em seu quarto livro, Canto da Rua. A obra, que chega ao mercado pela editora paulista Penalux, reúne microcontos que passeiam por ruas e pela intimidade de gente viva ou inventada. Coisa de jornalista de olhos e ouvidos atentos às histórias que acontecem por aí. Canto da Rua anda por terminais de ônibus, cenas de crimes, quartos de hotéis, esquinas. Tudo à procura de histórias para contar.
                No livro, os microcontos de Mariana ganham ainda mais vida com as aquarelas de Carol Miag, tatuadora baiana radicada em São Paulo. A apresentação deCanto da Rua tem assinatura do escritor e jornalista Xico Sá, que revela, em seu texto: “Que livro para nos deixar vivos e paudurescentes! O poder da rua, a liberdade mesmo para os que cismam e temem estar no mundo. Viver não é para dublê de corpo. A alma cobra a tua presença”.
                Os primeiros lançamentos do livro acontecem em Campinas e em São Paulo: no dia 08 de outubro, às 19 horas, no Empório do Nono, em Barão Geraldo, em Campinas; e em São Paulo no Patuscada – Livraria, Bar & Café , em Pinheiros, no dia 12 de novembro, às 19 horas.  Salvador e Rio de Janeiro também entram no circuito de lançamentos, mas ainda não têm data definida.    


Lançamentos:

Campinas – 08/10 (sábado)
19 horas | Empório do Nono
(av. Albino J. B. de Oliveira, 1128, Barão Geraldo, Campinas)
entrada franca


São Paulo – 12/11 (sábado)
19 horas | Patuscada – Livraria, Bar & Café
(Rua Luis Murat, 40, Pinheiros, São Paulo)
entrada franca


*    *    *

Leia 5 minicontos, de Canto da Rua


53. Seguiria aquele ciclo ensinado na aula de ciências? Sim. Guardaria todo o possível futuro numa caixa escondida no fundo do guarda-roupa, que só seria descoberta depois de sua morte. "Então ele amou?", perguntariam assombrados seus filhos 

45. Um filme sem revelar na máquina. Pura falta de coragem de ter que ver de novo aquele sorriso que ficou no passado 

66. Naquela cidade, as mulheres saíam de casa sempre depois das cinco da tarde. Era tanto pano de chão na casa e bobs nos cabelos que só mesmo quando o dia ia morrendo é que dava para ser bonita

74. Os homens jogavam dominó, conversa fora, pediam sempre uma infinita saideira.Era uma padaria que eles faziam de bar, de um jeito de adiar aquela volta para casa, a cara de tédio da mulher, a vidinha de sempre

26. Dobrava as roupas que tirava antes de transar. Enfileirava os sapatos, guardava a meia dentro. Tirava ante de gozar. E o amor - como era de se esperar - ah, o amor era como o coito, interrompido


*    *    *



Foto: Iracema Chequer
Escritora, jornalista e doutoranda em Teoria e História Literária pela Unicamp, Mariana Paivaé autora dos livros Barroca (P55 Edições, 2011), Lavanda (Kalango, 2014) e Damário Dacruz: Um homem, uma surpresa (Edições ALB, 2015). Venceu a categoria Voto Popular da última edição do Prêmio Caymmi de Música com a composição Ondas, em parceria com Bruno Masi, e atualmente é professora do curso de extensão em Jornalismo Cultural da Unicamp e mediadora do clube de leitura Leia Mulheres em Barão Geraldo.  Nascida em Salvador/BA, Mariana participou de diversas antologias literárias, da OFF FLIP em 2016 e da Festa Literária Internacional de Cachoeira em 2014, quando dividiu uma mesa do evento sobre inspiração com o escritor português Gonçalo M. Tavares, considerado o herdeiro literário de José Saramago. Mariana tem alguns de trabalhos literários traduzidos para outros idiomas, como espanhol, inglês e alemão. 


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