Porque suas mãos me olham e seus olhos
passeiam em mim...
Quieta,sinto o que elas me dizem e,
Meus olhos fechados, escutam seus dedos
De pianista fazendo da minha pele
o número 3 de Rachmaninoff.
Desinspiração
Não! Não me ame.
Não me ame por motivos que te fazem achar que me ama.
As razões desse amor não estão em mim.
E também não sei onde estão.
Não me ame por motivos que te fazem achar que me ama.
As razões desse amor não estão em mim.
E também não sei onde estão.
Não me ame. Eu te imploro – NÃO ME AME.
O amor que sente por mim é um fardo, um peso,
O amor que sente por mim é um fardo, um peso,
um muro no meu caminho que me faz parar.
Como qualquer amor, não liberta.
Então não me ame. Seremos dois não amados, mas livres.
Eu prefiro...mil vezes eu prefiro.
Como qualquer amor, não liberta.
Então não me ame. Seremos dois não amados, mas livres.
Eu prefiro...mil vezes eu prefiro.
As rédeas brilhantes do amor cegam a visão,
enganam os caminhantes e nos tiram a inspiração.
enganam os caminhantes e nos tiram a inspiração.
Quero minha inspiração. Ela não vem desse amor. Ela vem do caos,
Das noites insones, ela vem da falta de amor...mas quando ela vem ela é plena,
Me completa.
Das noites insones, ela vem da falta de amor...mas quando ela vem ela é plena,
Me completa.
Então não me ame.
Mas se ainda assim me amar, não explique, nem justifique e
Por deus – não me culpe.
E por favor não me conte.
Me ame em silencio. É sublime e lírico...e me deixe ir.
Porque por amor algum eu ficarei refém de nada, além de mim.
Por deus – não me culpe.
E por favor não me conte.
Me ame em silencio. É sublime e lírico...e me deixe ir.
Porque por amor algum eu ficarei refém de nada, além de mim.
E entenda enfim, que esse amor não existe.
O amor só existe em si mesmo.
O amor só existe em si mesmo.
Mas, se por desatenção ainda assim, quiser me amar,
não ponha as razões da alma,
não ponha as razões do corpo.
não fale dos motivos de deus (estes ninguém explica)
não fale dos motivos meus (não existem).
não ponha as razões da alma,
não ponha as razões do corpo.
não fale dos motivos de deus (estes ninguém explica)
não fale dos motivos meus (não existem).
Os motivos querem explicação.
O amor ama.
O amor ama.
Os motivos não.
Vera Albuquerque: Graduada em Psicologia pela Universidade Tuiuti do Paraná, Especialista em Treinamento e Desenvolvimento de Recursos Humanos, pela FAE, e em Educação Infantil, pela Universidade Tuiuti do Paraná. Desde 2003 atua no ramo editorial, por meio da Editora Bolsa Nacional do Livro, a qual é proprietária. Autora da coleção Será que Isso é Mesmo Brincadeira? com o pseudônimo registrado de Sissina Aurea Brisbin. Em 2009 foi proponente do projeto cultural Mecenato – Bem-vindo À Nova Brasília, A Vida na Ilha do Mel, aprovado na íntegra e concluído dentro do prazo, com o relatório de prestação de contas aprovado sem ressalvas. Em 2013 recebeu o título Mestres do Ano, da Associação de Mulheres e Profissionais, entidade internacional com reconhecimento da ONU, e da qual foi coordenadora de projetos no ano de 2010. Delegada multiárea cultural e parecerista da Fundação Cultural de Curitiba nos projetos de Ciclos literários, rodas de leitura e criação literária.
Professora de oratória e treinamentos relacionados a educação. Em 2014 está concluindo a Pós-Graduação da Ibpex em Elaboração de Material Didático, no Centro Universitário Uninter. Mestranda em educação. Autora do livro de poesias Sozinhes, que fará parte da coleção Edições Marianas.