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Ilustração: deviantART |
ENGENHARIA
Plantas
Que plantas
Projetas,
- Poeta?
- Casa em uma árvore
Concreta...
Vias
Dutos
Viadutos
Pontes
Trens...
Tu me tens.
- “Quando vens?”
Espelhos
Planos
Convexos.
Vento
Contravento.
- Pensamento?
- Invento...
Curvas
Angulares
Pedras
Regulares
Vigas
Vidas
- Morares...
Assírios
Egípcios
Vikings
Árabes
Vietcongs
Brasileiros
Constroem
- Moradas
Destroem - Cemitérios...
TESTRÁLIOS...
Desde o início, os alunos de Hogwarts eram levados da Estação de trem ao Castelo por uma carruagem conduzida por "ninguém"....
No primeiro dia do quarto ano, isso mudou.
A doce Luna explicou o porquê.
Vejo os Testrálios.
Ontem, não os via.
Não sabia de sua beleza
Dura e triste
Ferro e carne.
Vejo hoje o que já havia.
Mas era tímido
E discreto.
Achava que cor de rosa
Embora as tristezas.
Hoje sei que cinza e chumbo
Embora as alegrias.
Tudo é maior
Vastidão gelada
Exageros vulcânicos.
Emoções atômicas.
Vejo os Testrálios
Sei que eles me viam
Desde o primeiro dia.
Sei que me conduziam
Para os meus karmas.
E me livravam dos destinos.
Vejo claramente
E porque vejo
Agradeço.
Grata sou
Ó Santa Morte
Porque te revelaste.
Grata sou
Ó Santa Morte
Por que me revelaste.
Desde o início, os alunos de Hogwarts eram levados da Estação de trem ao Castelo por uma carruagem conduzida por "ninguém"....
No primeiro dia do quarto ano, isso mudou.
A doce Luna explicou o porquê.
Vejo os Testrálios.
Ontem, não os via.
Não sabia de sua beleza
Dura e triste
Ferro e carne.
Vejo hoje o que já havia.
Mas era tímido
E discreto.
Achava que cor de rosa
Embora as tristezas.
Hoje sei que cinza e chumbo
Embora as alegrias.
Tudo é maior
Vastidão gelada
Exageros vulcânicos.
Emoções atômicas.
Vejo os Testrálios
Sei que eles me viam
Desde o primeiro dia.
Sei que me conduziam
Para os meus karmas.
E me livravam dos destinos.
Vejo claramente
E porque vejo
Agradeço.
Grata sou
Ó Santa Morte
Porque te revelaste.
Grata sou
Ó Santa Morte
Por que me revelaste.
CANSADA
De ironia hipocrisia puxadores de saco de carro de tapete de malícia corrupção medo cuidado invejas saudades más amizades ecologia celulares sempre funcionando no meu cérebro
Cansada
De cachaça rum vodca cerveja Agua café com leite sem leite chocolate quente pipoca banana feijão pasta de dente papel caneta
Cansada de filho cachorro papagaio periquito parente amigo amor desamor descompasso desacerto desrespeito descuido.
Cansada
Da minha cara no espelho da cara dele na foto da cara do cobrador do ônibus do galã da novela da piriguete do metal do cafajeste sempre na esquina esperando uma chance de cantar alguém.
Cansada de você, politico politiqueiro corrupto ladrão hipocrita covarde maldito canalha fraco mentiroso vagabundo traidor burro pulha babaca
Cansada de mim insistindo em lutar trabalhar ser legal colocar o papel da bala no lixo ser fiel sincera verdadeira burra carente que acha que vai se dar bem sendo decente nesse mundo torto...
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Ilustração: deviantART |
POEMAS...
Nascem da tristeza abandono revolta traição desassossego
Jorram como bloodsweatandtears seiva lava esperma
Escorrem pelas bocas peitos pernas galhos caules leitos raízes
São ditos declamados cantados suados cuspidos excretados
Ferem inflamam envenenam curam
Os poemas são filhos da saudade
De tudo o que se passa nessa vida,
Mermão,
só os poemas
São de verdade...
PAROU
O Ar pariu o Tempo.
Depois tudo pariu,
Parou,
Partiu...
O Verbo se fez Carne
E se calou
Calor
Torpor...
Parei.
Surtei parada.
Chorei sobre a cama
Desarrumada.
Desamparada.
Esperei
Que o Tempo fizesse a curva.
Ou o Vento, talvez.
Não fez.
Estagnei.
Morri.
CURRICULUM
Tomei tanta porrada que aprendi a bater.
Fui tão traída que aprendi a desconfiar
Errei tanto que comecei a ensinar
fui tão desamada que aprendi a amar...
Fui tão traída que aprendi a desconfiar
Errei tanto que comecei a ensinar
fui tão desamada que aprendi a amar...
E agora bato duro, sem piedade,
que piedade pra mim nunca teve
que piedade pra mim nunca teve
não confio nem na sombra
quanto mais em você ou ele.
quanto mais em você ou ele.
cometo o dobro dos erros
e nem me esforço mais
e nem me esforço mais
me entrego sem medo ou dor
pra matar a minha fome,
só o que me resta é o amor.
Maria Lorenci-Curitibana típica, filha dos anos 70, mãe de três, mulher de si mesma. Pra ganhar a vida é engenheira civil, bancária, designer de interiores, taróloga, mestre Feng Shui. Pra se expressar escreve contos e poemas, pinta e dança.Seu primeiro livro de poemas, Playlist para poemas selvagens. vai ser lançado no começo de 2016 com o selo” Edições Marianas” da Bolsa Nacional do Livro.