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Um poema de Natalia Barros

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Ad Infinitum

na ditadura também se dança

na guerra as pessoas fazem visitas

na fome as pessoas também nascem

no deserto há beleza

e os pesadelos existem e dão arrepios

tesão também dá arrepios

o século XXI

é o que temos

- de maior maravilha e caos -

no mar vi o ouro

o dinheiro não reflete isso

e

dentro do peixe, a onça

dentro da onça, a cobra

dentro da cobra, a mulher

dentro da mulher, a noite

dentro da noite, o cavalo

dentro do cavalo, o lago

dentro do lago, o olho

dentro do olho ad infinitum

[!não feche minha escola!]

quero aprender


até o fim

Natalia Barros 

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