I
Há sempre outras nódoas do silêncio (lá, onde se afogam
os cálices vazios & as almas esquartejadas esvoaçam)
a serem desovadas
entre
quadros de Gauguin
& caudais inconclusos das neblinas
perambulantes
vadiando à beira de um mar de assombros
que
soluça mais
que
tepidez orgasmal.
os cálices vazios & as almas esquartejadas esvoaçam)
a serem desovadas
entre
quadros de Gauguin
& caudais inconclusos das neblinas
perambulantes
vadiando à beira de um mar de assombros
que
soluça mais
que
tepidez orgasmal.
II
Há sentimentos de cobiça (lá, onde o silêncio é um imperante sem glória)
& muitos dedos seráficos & metalinos que não sabem das mãos profundas,
daquilo
que corrói
os
gemidos
de pertencimentos.
& muitos dedos seráficos & metalinos que não sabem das mãos profundas,
daquilo
que corrói
os
gemidos
de pertencimentos.
III
Há fogos com beiços de trapaça.
A contemplação do óbvio dormitando num cacho
de orquídeas. Há
pálidas mortalhas vestidas de solidão
sob
as luzes das estrelas
eclipsadas
pelas miradas lunares.
A contemplação do óbvio dormitando num cacho
de orquídeas. Há
pálidas mortalhas vestidas de solidão
sob
as luzes das estrelas
eclipsadas
pelas miradas lunares.
IV
Há sombras de verdade
feitas de
vozes
de
árvores que decapitaram os sons silvestres
nas tardes exasperantes. Há eficácia
nas navalhas úmidas
de cortes limpos & rostos
soltos.
feitas de
vozes
de
árvores que decapitaram os sons silvestres
nas tardes exasperantes. Há eficácia
nas navalhas úmidas
de cortes limpos & rostos
soltos.
V
(Ó nuvens passageiras sufocadas pelo furor)
Há bólidos de espanto com contrarrepostas ao medo.
Há folhas de heras esquecidas
se sentindo
outra vez
tumulários agrestes
de
seres
petrificados.
Há folhas de heras esquecidas
se sentindo
outra vez
tumulários agrestes
de
seres
petrificados.
Benny Franklin é ativista cultural, poeta por puro diletantismo e membro/colaborador de diversas sociedades culturais. Desde 2012 é organizador em Belém do evento global 100 Mil Poetas & Músicos Por Mudanças – versão amazônica de 100 Thousand Poets For Change, o maior evento poético do planeta, realizado em mais de cem países.Vencedor por duas vezes do “Prêmio AP de Literatura" [versões 2006 & 2009],certame literário realizado pela Assembléia Paraense/Belém-PA [supervisão e julgamento da Academia Paraense de Letras], com as obras poéticas: Exame de Consciência e Filamentos de Um Poema em Pedaços. Têm obras publicadas em blogs, sites e antologias. Em breve os livros Chopps Bennyanos, Súplicas Marginais e Antipoemas Sujos.