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| Ilustração: Genzoman/deviantART |
a Alejandra Pizarnik
palavra fere
luta
é ...solidão
sombra
fulgor
palavra morde
arde exala
cintila
oculta trái
acorda !
palavra mata
mente
cala
despe
acalma
invade
viola
palavra
amarga
encanta
...deserta
palavra venta / caí
falha fracassa
O poema é
vertigem negra
absinto crack HÉCATE
o poema ex-pelha
voce nua
na corda de vênus
deixou-a débil
inútil
incerta...
humana
suja
PUS PUSTULA LÂMINA
L’ ANIMA
palavra respira
sente / pulsa
deita
atrasa
ri
devora
O que essa menina está dizendo?
Não entendo!
Oque essa menina está dizendo?
Não entendo .....
essa MENINA
palavra dói
cansa estraga
vaza inunda
excede
palavra urge falta desatina
palavra entranha
exubera exila
entorpece encarna
ceifa
cega
o tumor parece indizível:
“ HADES sufocae arde de amor“
palavra
coagula
sonha
devasta
_exausta
nega açoita resiste
chora foge arde grita
o parto é perto de DIONÍSIO
palavra cura
canta
sacrifica afaga
secreta / ama / goza
palavra
vaga
queima
espreita
é difícil
é éter
palavra PROFANA SAGRA
tanta palavra... SANGRA
LIVRE:
MEDUSA AMÁLGMA RITO
Mari Quarentei , libriana de São Paulo/SP. Terapeuta ocupacional implicou-se desde os anos 80 com a desconstrução do manicômio, a criação de novos modos para acolher a loucura e de dispositivos híbridos entre clínica, vida e arte. Em 2010 retoma a escrita poética a partir do contato com a cena artística de Curitiba, onde reside desde 2013 e participa do Coletivo Marianas. Seu trabalho se dá a conhecer nos saraus, na rede... bem informalmente. Publicou caderninho de Imagem I com Simone Ferreira pela ”quaseeditora", Curitiba 2014. E artista visual / pós-graduanda em Poéticas Visuais com o experimento: Dar a palavra ...à palavra: entre a escrita e pintura.
contatos: mariquarentei@gmail.com
https://www.facebook.com/mari.quarentei