![]() |
Ilustração: Felicia/deviantART |
Nas horas de silêncio
A poesia me sobe,
Como uma dose,
Mal medida
De solidão
*
Sentou-se.
Sinuosa.
Salto e saia.
Da praça
Do Homem nu.
*
Um Café de histórias
Alimenta liberdades
Japoneses mal vestidos
Empresários bem sucedidos
Bichos grilos
Eternos peregrinos
Curitiba em Paços
*
Naquelas faixas
Pisa paupérrima
E brinca com fogo
Da fraqueza cria asas
A imaginação,
Naquele circo
É estrela
Cadente, beija o chão
Nem flores, nem aplausos
Luz verde para as buzinas
*
Um extrato de sol
perpassa sua frágil estrutura
vermelha
transcende sua alvura
braseiro aos olhos
de quem ao longe
observa cena tão corriqueira
Manha(ã)s
Torre nublada
Não se vê mais
Como alcançar o céu
Alma opaca
As nuvens desceram
A ponta espetou
O céu que rachou
Vazando azul
O sol saiu
Na torre
a estrela brilhou
amanhecendo o frio
Carolina Miotto Schiontek, curitibana com 22 anos bem vividos. Estudante de Direito e aprendiz da vida. Poetisa nova da antiga Feira do Poeta. Bailarina nas horas vagas e “cantora de chuveiro”. Membro do Escritibas na Rua e participante do Sarau Popular – Ação Cultural Itinerante. È uma das poetas da antologia Conexão (Feira do Poeta), a ser lançada brevemente.