Quando eu nasci, ouvi um som
Que depois nunca mais
E não guardei nem lembrança
Se o universo não fosse mesmo
Esse imenso mistério,
Poderíamos assumir para a vida
As regras dos jogos de salão
Espremido na revolta coletiva atroz
Fazendo o que os antenados mandam
Todos concatenados, uma pândega rota
Encolhida aqui nesta casca de noz.
Se você não vai à festa
Que depois nunca mais
E não guardei nem lembrança
(só esperança)
Que algum sentido faça fazer som.
Devia ser um ostinato, calcado
Em glissandos ousados.
Devia bafejar seu mosteiro,
Exalando meditação
Pelos oxigenados monges.
Esse imenso mistério,
Poderíamos assumir para a vida
As regras dos jogos de salão
Correr o risco de bancar o implicante
só pelo prazer de notar as menores coisas
Ao invés, buracos negros
Pulam de órbitas injetadas
Ao ensejo de desejos antes enjaulados
- Tava demorando, Chico Juca!
E o mar de lama humano
Nos desestabelece.
Fazendo o que os antenados mandam
Todos concatenados, uma pândega rota
Encolhida aqui nesta casca de noz.
Se você não vai à festa
Eles nem te dão bola
Gente chata da mulesta,
Te desejo um EBOLA!
Agora, paladino da esmeralda
pai dos trocentos que te elegeram
VÊ SE ACORDA
E bota nessa merda um nome foda