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Ilustração: deviantART |
Não há vagas
As promessas
Ficaram caídas
Ao chão do quarto
Ficaram caídas
Ao chão do quarto
Lembranças
Espalhadas
Pela sala
Espalhadas
Pela sala
Sentimentos
Guardados no
Armário da cozinha
Guardados no
Armário da cozinha
Lágrimas
Impregnadas
No travesseiro
Impregnadas
No travesseiro
A saudade
Perdeu-se
Embaixo da cama
Perdeu-se
Embaixo da cama
O orgulho
Tornou-se
O dono da casa
Tornou-se
O dono da casa
E o amor?
***
Ah, em meio a tantos
Hóspedes
Não sobrou espaço
Para
ele.
Ah, em meio a tantos
Hóspedes
Não sobrou espaço
Para
ele.
Melancolia vulcânica
Aquela luz entra pelas frestas
Da janela e iluminam meu corpo que está ali
parado naquela posição
Da janela e iluminam meu corpo que está ali
parado naquela posição
Nu marcado alanceado
E essas marcas são reflexos de minha alma que se
Perdeu em meio a tanta dor e angústia
E essas marcas são reflexos de minha alma que se
Perdeu em meio a tanta dor e angústia
Essa luz é a única que vem me visitar desde então
É fraca mas ilumina meu corpo e minha alma
E é apenas ela que vejo neste quarto escuro
É fraca mas ilumina meu corpo e minha alma
E é apenas ela que vejo neste quarto escuro
Meu corpo está imóvel
Vazio de mim
E cheio de ti
Vazio de mim
E cheio de ti
Meu único companheiro é o silêncio
Às vezes converso com ele
Mas não sou correspondida
Às vezes converso com ele
Mas não sou correspondida
Na verdade esse é o seu papel
Apenas nos ouvir
E não nos aconselhar
Apenas nos ouvir
E não nos aconselhar
Sou prisioneira das lembranças
E teu cheiro é o que mais me tortura e me amordaça
Para que eu não grite com a dor da saudade
E teu cheiro é o que mais me tortura e me amordaça
Para que eu não grite com a dor da saudade
Já não ouço meu coração palpitar
Escuto apenas gritos
Que parecem sair de dentro de mim
Escuto apenas gritos
Que parecem sair de dentro de mim
Ouço passos
Passos do amor que tivemos
E que continuam a assombrar-me
Passos do amor que tivemos
E que continuam a assombrar-me
Não sei se estou morta ou viva
Só sei que minha alma está sufocada e presa
Com tantas marcas que você deixou
Só sei que minha alma está sufocada e presa
Com tantas marcas que você deixou
Tudo que havia de bom em mim morreu
Junto com esse inútil amor
Que ascuou tanto tempo em meu peito
Junto com esse inútil amor
Que ascuou tanto tempo em meu peito
Dhenifer Rocha é uma jovem poetisa, de 17 anos. Nascida em 1997 na cidade de Porto Velho (RO). Recentemente concluiu o ensino médio e pretende cursar direito e letras. Canta na igreja e em coral, é apaixonada pela leitura. Em breve pretende publicar seu primeiro livro de poesias. Possui um blog onde compartilha alguns de seus poemas. Dhenifermirele.blogspot.com2 poemas de Dhenifer Rocha