À beira mar. – eu jamais construiria uma casa para mim (e é próprio da minha felicidade não
possuir uma!). Se tivesse de fazê-lo, porém, eu a construiria, como certos romanos, bem junto ao mar e
nele penetrando – eu bem gostaria de partilhar segredos com esse belo monstro.
Nietzsche (tradução de Paulo César de Souza).
Hoje estou triste como quem perdeu o mar e escapou para as montanhas.
E ao escrever isto sei que sou alegre, sou como todo mundo.
Já morei por uma noite em uma cabana em frente ao mar.
Já tive pesadelos em frente ao mar.
Um dia saberei para onde devo ir e será talvez muito tarde.
Minha poesia é puro adiamento da decisão que não tomarei.