O CAPTAIN ! MY CAPTAIN "
Walt Whitman
O Captain ! my Captain ! our fearful trip is done;
The ship has weather'd every rack, the prize we sought
/ is won;
The port is near, the bell I hear, the people are exulting,
While follow eyes the steady keel, the vessel grim and
/ daring:
But O heart ! heart! heart!
O the bleding drops of red,
Where on the deck my Captain lies,
Fallen cold and dead.
O Captain! my Captain! rise up and hear the bells;
Rise up__ for you the flag is flung ___for you the
/ bugle trills;
For you bouquets and ribbon'd wreath ___for you
/ the shores a-crowding;
For you they call, the swayng mass, their eager faces
/ turning:
Here Captain ! dear father !
This arm beneath your head;
It is some dream that on the deck
You,ve fallen cold and dead.
My Captain does not answer, his lips are pale and
/ still;
My father does not feel my arms, he has no pulse or
/ will;
The ship is anchor'd safe and sound, its voyage closed
/ and done;
From fearful trip the victor ship comes in with object
/ won:
Exult, O shores, and ring, O bells !
But I, with mournful tread,
Walk the deck my Captain lies,
fallen cold and dead.
* * *

* * *
Ó Capitão! meu Capitão
Walt Whitman ( tradução de Luciano Meira )
Ó Capitão ! meu Capitão ! Finda é a temível jornada,
Vencida cada tormenta, a busca foi laureada.
O porto é ali, os sinos ouvi, exulta o povo inteiro.
Com o olhar na quilha estanque do vaso ousado e austero.
Mas ó coração, coração !
O sangue mancha o navio,
No convés, meu Capitão
Vai caído, morto e frio.
Ó Capitão ! meu Capitão ! Ergue-te ao dobre dos sinos;
Por ti se agita o pendão e os clarins tocam seus hinos.
Por ti buquês, guirlandas...Multidões a praias lotam.
Teu nome é o que elas clamam; para ti os olhos voltam.
Capitão, querido pai,
Dormes no braço macio...
É meu sonho que ao convés
Vais caído morto e frio.
Ah! meu Capitão não fala, foi do lábio o sopro expulso,
Meu calor meu pai não sente, já não tem vontade ou
/ pulso.
Da nau ancorada e ilesa, a jornada é concluída.
E lá vem ela em triunfo da viagem antes temida.
Povo, exulta ! Sino, dobra !
Mas meu passo é tão sombrio...
No convés meu Capitão
Vai caído, morto e frio.
* * *
Referência universal, a poesia de Walt Whitman (1819 – 1892) influenciou muitos poetas no Brasil, entre os quais modernistas de primeira grandeza como Jorge de Lima, Murilo Mendes, Carlos Drummond de Andrade e também figuras mais recentes como Paulo Leminski e Ana Cristina Cesar.
Nosso adeus mallarmágico a um dos nossos professores de literatura mais amados, o ator Robin Williams (1951 – 2014), falecido ontem, pela encarnação no cinema (no filme "Dead Poets Society", 1989) do professor de poesia nada ortodoxo, John Keating, de uma escola preparatória para jovens, a Academia Welton, na qual predominavam valores tradicionais e conservadores.