un corpo eretico nel cimitero di neon
la terra viola, la bisnonna che benedisce. sodalita, io non voglio il tuo azzurro.
lo slogan portfolio. l´aura scarlatta, il passo giallo, fai attenzione.
mentre scrivo abrasax, negli altari caproni e galli sono sacrificati. ed il fuoco, acceso solo per me,
seicento e sessanta e sei micro-onde.
io vivo la scrittura del grimorio, il mio tempo dá ancora la caccia alle streghe nei mercati del
mondo. babalon é sanna nelle etichette delle barrette di cereali. il tridente é infilato nella carne
congelata di una mela addomesticata.
ho un pugnale medioevale, colorato e intatto, pronto per qualsiasi rituale cibernetico.
coltivando l´ombra, libri e píu libri, transgenici. il bestiame segnato con un dolce torpore, io
presento, da fuori, un consumato documento. pulito a secco.
sodalita, io non voglio il tuo azzurro.
mantienimi lontana dalle mani degli illuministi del cèllofan.
é proibito girare la mano sinistra.
um corpo herege no cemitério de néon
a terra roxa, a bisavó benzedeira. sodalita, nunca quis teu azul.
o slogan portfólio. a aura escarlate, o passo amarelo, cuidado atenção.
enquanto escrevo abraxas, nos terreiros degolam o bode e o galo. e a fogueira, acesa só para mim,
seiscentos e sessenta e seis micro-ondas.
vivo a escrita dos grimórios. meu tempo caça às bruxas ainda fresco nas praças de alimentação.
babalon sadia nos rótulos de uma barra de cereais. o tridente de fiat lux espeta a carne frigorífica de
uma maçã domesticada.
tenho um punhal medieval, colorizado e intacto, para algum ritual cibernético.
cultivando à sombra, livros e mais livros, transgênicos. e gado marcado, com alguma dócil
indolência, apresento formal (por fora) o desgastado erregê. limpo a seco.
sodalita, nunca quis teu azul.
mantenha-me longe do alcance dos iluministas de celofane.
proibido virar à mão esquerda.
*palavra: Andréia Carvalho, com versão italiana de Alexandra Barcellos.
*imagem: Takahiro Watanabe (Infamous Magazine #00)