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b de bruxa [bonnus bonnificarum] - parte quatro

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XVII


eu não peço e nem ordeno, querido. nunca. para isso tenho quem faça por mim. guarde. grave. eu não peço e nem ordeno.



XVIII


beija-me a curva do pescoço o poço sem fim de mim mesma beija-me. beija-me três vezes cada olho lambda e zênite beija-me. beija-me a boca a noite calada beija-me os pés espáduas e pássara. beija-me o ventre a coluna em serpente. beija-me o céu a língua os dentes. beija-me a pele o salto os pelos beija-me espiral labirinto e novelo. beija-me o sol asteróides e as faces beija-me joelhos coxas e nádegas. beija-me o talvez o sim e o não beija-me em signo e em perdição. beija-me em tudo o que te ofereço beija-me e retorna de volta ao começo.


XIX



ah, esse homem dá uma sopa.
irmã, primeiro tira-lhe a roupa.
ah, esse homem dá um caldo.
irmã, vê se já não está passado.
ah, esse homem dá uma canja.

irmã, vê se tem tutano e sustança.

ah, esse homem em minha mesa.

irmã, não será melhor em sobremesa?
XX 

anoiteçam teus olhos. teus olhos ceguem. de novo tuas mãos me sabem e seguem. anoiteçam teus lábios. teus lábios ceguem. de novo teus pés me sabem e seguem. anoiteçam teus ouvidos. teus ouvidos ceguem. de novo teus dedos me sabem e seguem. 
erik thor sandberg





* mais poemas da série b de bruxa [bonnus bonnificarum] em mallarmargens:


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