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Foto: Evgen Bavcar |
adeus
seis e meia da manhã
dois vagalumes apagados
everest na mente
& um sorriso tão claro
quanto uma esfinge de prata
plantada no alaska
no meu adeus
vejo minha face torta
no velho espelho d´água
que acorda nos teus olhos
sempre quando eu parto
***
iceberg
aves em um pequeno cantil escorrem por minha garganta
pequenos bandos rasgam a língua,
ninhos em meus dentes
enquanto o sol-diabo chove nos meus olhos
eu não fico em paz
desço até o último degrau da escada
me viro e te vejo
silhueta negra na luz da cozinha
não sei se você chora também
quantos icebergs navegam no teu corpo?
aceno, leve "tchau", pesado "adeus"
me volto para rua,
uma bala de prata entra pela nuca
tua voz absurda vomita um "volta"
***
teoria.do.[meu].caos
cabeça cheia
folha vazia
eu poema mudo
***
saudade se propaga no vácuo
brilha no escuro
e é febre entre a garotada que chora
encolhida no chão do banheiro.
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Felipe Pauluké um curitibano residente em Londrina, jogou na loteria da vida e, numa quina, tirou o menor prêmio, a literatura. Lançou seu primeiro livro, Meu Tempo de Carne e Osso, em 2011. Hit The Road, Jack (romance), em 2012. Em 2015, outro romance, Town. Em 2016 lançou dois livros de poesia, Comida di butequim e Tórax de São Sebastião. Manual Prático de Perna Mecânico para Cantores é o seu mais recente lançamento, pela Bar Editora. Além de escritor, Pauluk também é roteirista e diretor de clipes.
Felipe Pauluké um curitibano residente em Londrina, jogou na loteria da vida e, numa quina, tirou o menor prêmio, a literatura. Lançou seu primeiro livro, Meu Tempo de Carne e Osso, em 2011. Hit The Road, Jack (romance), em 2012. Em 2015, outro romance, Town. Em 2016 lançou dois livros de poesia, Comida di butequim e Tórax de São Sebastião. Manual Prático de Perna Mecânico para Cantores é o seu mais recente lançamento, pela Bar Editora. Além de escritor, Pauluk também é roteirista e diretor de clipes.