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Família

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Jenny Saville, Reverse, 2003.



Quando Nina entrou pela primeira vez no boteco onde eu trabalhava como garçonete, senti que sua figura estava deslocada do contexto, como uma atriz diante de um chroma keyantigo. Sua pele marrom, com poucas marcas de espinha, contrastava de modo bastante agradável – devo confessar – com seus olhos verdes e fixos. O cabelo longo, ondulado e perfeitamente castanho compunha a moldura exata para seu rosto oval, de nariz e lábios grossos, olhos um pouco puxados e sobrancelhas desenhadas. Usava um casaco rubro de botões, aberto, sobre um suéter verde com gola rolê e uma calça jeanspreta. Entrou com a máxima discrição, fechou seu guarda-chuva e sentou-se em um canto escuro. Observava cada cliente como quem tentasse identificar seu encontro às cegas.
Quando me aproximei para registrar seu pedido, ela mal notou minha presença. Solicitou “o de sempre”. Antes que eu pudesse retorquir, lembrou-se de não estar em seu bar de costume. “Tônica e fritas”. “Gim-tônica?”, perguntei, com um sorriso. Finalmente ela se dignou a me olhar… com impaciência e langor. Ela evitava as palavras como se a fatigassem. Eu descobriria depois não serem as palavras o espinho, mas as pessoas em si. “Só tônica”, resmungou, voltando a atenção aos clientes. “Gelo e limão?”, insisti, sabendo que trazer o pedido incompleto levaria a um constrangimento evitável. Ela checou meu nome na plaquinha de identificação do meu uniforme e cuspiu entre os dentes: “Você decide, Paloma”. Eu me lembro de ter dado um longo suspiro na ocasião e guardado o bloco de notas com o lápis no bolso do avental; tal pedido eu não esqueceria. Fui ordenar ao canalha imundo que tocava a cozinha que ele fritasse as batatas e aguardei, junto ao balcão, que outro cliente qualquer me chamasse. Era uma noite fraca; uma quarta gelada e chuvosa de junho.
As batatas não demoraram. Apanhei um copo com gelo e limão, uma latinha de água tônica e as fritas, e levei tudo à mesa. Nina foi automática em seu “obrigada”. Abri a lata e a entornei, deixando o líquido escapar para dentro do copo. “Mais alguma coisa?”, perguntei, escrava da rotina. Ela movimentou a cabeça para negar, mas interrompeu quando o carpinteiro chegou, curvado e lento, com suas roupas velhas e densas. Da pele, só se via o rosto, ainda um pouco bonito, e as mãos envelhecidas. Tinha uma tez clara de tom enferrujado, com rugas de expressão que lhe davam um ar cansado e sábio. Seu cabelo longo e a barba grossa, castanhos, eram de quem desistira de se cuidar. Ele entrou, foi ao balcão e sentou-se no banco de costume, pedindo ao atendente a cachaça usual.
Nina, enfim tirando sua atenção do velho solitário, respondeu que “sim”, queria algo mais: informações sobre aquele homem. Perguntei a razão do interesse; não respondeu. Sem a esperança de uma satisfação, resolvi fazer o que pedia, como forma de me livrar. Eu lhe expliquei que ele era tido como um bom carpinteiro, trabalhando por encomenda em oficina própria, para clientes distantes; disse ainda que morava com a filha e vinha toda noite. Ela perguntou se ele havia ficado viúvo recentemente. Essa questão foi uma dupla surpresa: por um lado, parecia indicar uma atração por aquele homem pouco aprazível; por outro, ele de fato perdera a esposa poucos meses antes, sendo esse o exato motivo de sua bebedeira diária, e eu não entendi como ela podia tê-lo deduzido só de mirar sua triste figura.
Quando confirmei sua suspeita, ela sugeriu em detalhes como seria o aspecto de sua esposa morta e pediu que eu informasse se a descrição estava certa. “Ela era muito bonita, tinha cerca de um metro e setenta, pesava quase sessenta quilos; sua pele era branca, com poucas manchas; tinha olhos claros e fundos e longos cabelos negros e lisos”. Sua precisão me assombrou. Ela ainda acertou ao adicionar que a pobre mulher morrera após semanas de grande sofrimento, e descreveu a degradação – física e moral – resultante de sua longa agonia. “Como você…?”, comecei, mas me detive ante o olhar que Nina lançava na direção do infeliz – não um olhar de cobiça, mas de comiseração. Após conviver com ela por um tempo, esse momento me parece hoje particularmente significativo, porque vê-la demonstrar de modo tão claro qualquer afeto não é uma experiência comum e porque – só o percebo agora –, se eu prestasse a devida atenção na direção de seu foco, notaria que ela não olhava para aquele homem, mas para alguém que devia estar ao lado dele – e que eu não via. Naquele ponto, eu pressupunha mais do que queria admitir e preferi calar.
A filha do carpinteiro entrou, atraindo o olhar de alguns clientes com sua bela figura. Era uma mulher jovem com traços muito similares aos da mãe. Vestia-se com a mesma elegância e discrição, o que destoava do usual de sua idade. Ela sentou-se ao lado do pai e parecia preocupada em não deixá-lo beber em demasia, executando o papel que se esperava dela. Após acompanhar alguns minutos de interação familiar, Nina pediu-me os nomes dos três; pai, mãe e filha. Decidi não questionar seu motivo. Puxei pela memória as identificações, a partir das falas de terceiros que eu ouvira de relance em meu serviço. Informei o que me foi pedido, advertindo não estar convicta. “Não tem problema”, ela disse, puxando discretamente, do bolso interno do casaco, um estojo térmico preto, bastante similar aos usados para guardar insulina. Dentro havia vários frascos rotulados, algumas ampolas e poucas seringas. Selecionou uma das ampolas e me deu, pedindo que eu, de alguma forma, fizesse o carpinteiro beber aquele líquido antes de sair do bar – e nenhuma bebida após. Ela providenciaria a distração necessária para eu substituir seu último copo de cachaça. “O que é isso?”, perguntei. “A cura para o seu torpor”.
Nina ajeitou-se e foi até o casal. Cumprimentou a filha como se ela fosse, na verdade, a mãe. Quando a jovem corrigiu seu equívoco, ela rebateu que a semelhança era tamanha que poderia induzir qualquer um ao erro. Agiu como uma colega de escola da esposa do carpinteiro. Disse que não a via desde a juventude e que, portanto, jamais chegara a conhecer seu marido. Enquanto era informada da doença e da longa agonia que arrastara sua suposta amiga da descoberta ao túmulo, aproveitei para, discretamente, substituir o copo de cachaça por outro no qual eu despejara o conteúdo da ampola. Não havia como um bêbado notar a diferença. Levei o copo antigo para a cozinha e descartei a bebida na pia sem que notassem. Depois passei no banheiro dos funcionários e dei descarga na ampola.
Retornei, enfim, ao balcão, apenas para ver Nina se despedindo dos dois, entre mil condolências e promessas de uma visita futura, para compartilharem lembranças de sua “querida amiga”. Ela reiterou continuamente o adiantado da hora em seu longo adeus, o que teve o desejado efeito de fazer o carpinteiro beber somente um último copo e partir, amparado pela filha. Ele reclamou do gosto, mas não desconfiou do embuste. Pendurou a conta, como de costume, e saiu. Levei também o outro copo à pia, onde seria lavado com os demais no fim do expediente, em pouco menos de uma hora.
Ao voltar da cozinha, eu a vi terminando as batatas e separando as cédulas para o pagamento. Pediu, com um gesto, a conta. Quando eu trouxe o valor, deu-me dez vezes mais, dizendo que o troco seria um “adiantamento” de meu “salário”. Entregou-me também seu cartão e pediu que eu a procurasse pela manhã naquele endereço, com a notícia do “desfecho”. O cartão não tinha seu nome. Separei minha parte, deixei o valor devido ao bar no caixa e dei a noite por encerrada.
Retornando à pousada onde me hospedara, passei em frente à oficina, no fundo da qual viviam a mulher e seu pai. Não imaginava que desfecho Nina esperava que eu lhe informasse em algumas horas. Pus o despertador para as oito e fui dormir sem banho. Quando despertei, à força, maldisse o relógio e desci de pijama para o café, que estava incluso no preço. Enquanto punha no prato algumas porções de frutas, notei que meus companheiros de abrigo conversavam calorosamente, em voz tão baixa que inspirava respeito. Fiquei curiosa, mas não me aproximei. Não foi preciso; uma senhora que mal me conhecia veio puxar papo e reportou os fatos que corriam às bocas de todo o bairro. O horror me dominou. Tentei extrair da tagarela tudo o que sabia. Felizmente, sendo aquele evento o mais importante da manhã, ela se dedicara a obter cada detalhe, visando evitar – segundo disse – que o sensacionalismo triunfasse sobre os fatos e pusesse ainda mais infâmia em um caso já repulsivo o bastante.
Munida de todos os dados, que confirmei a seguir com outras fontes, pus uma roupa limpa e rumei para o endereço do cartão. Era um apartamento minúsculo num prédio do Centro; um daqueles edifícios com mil quitinetes por andar. A porta ficava no fim de um corredor, sendo o destino mais provável de quem se perdesse. Era discreta. A metade superior, de vidro, trazia a inscrição “Nina Roma/ Investigações Especiais”. Quando fiz menção de bater, saiu um homem velho e magro, resmungando ao telefone: “Ela não quer aceitar meu caso. Tô ferrado! Se nem mesmo ela quer me ajudar, o melhor a fazer é fugir”. A reclamação ainda era audível quando pegou o elevador. Envolvia o crânio partido de algum sujeito que tentara invadir seu lar. Quando entrei na antessala do escritório, Nina gritou de algum cômodo interno: “Pelo Caos primevo, homem! Enterre a evidência e comece vida nova em outro país”. Como não houve resposta, ela veio checar quem era e me viu. “Está atrasada”, ela disse. “Você falou pra vir de manhã, mas não estipulou horário”, respondi. “Pensei que tivéssemos a mesma concepção do que quer dizer ‘manhã’”, concluiu. Ela me instou a trancar a porta, sentar e relatar o “desfecho”. Contei o que tinha acontecido ao carpinteiro e sua filha.
Segundo me foi informado por várias fontes, a polícia encontrou seus corpos essa madrugada, algumas horas após terem saído do bar. Os vizinhos haviam ligado por conta dos gritos – primeiro o do pai e, pouco após, o da filha. Quando as autoridades chegaram, eles estavam deitados na cama de casal onde o carpinteiro costumava dormir com a esposa. O homem estava despido e a jovem, abraçada a ele, usava apenas uma camisola que fora de sua mãe. A análise inicial da perícia identificou resíduos de sêmen e fluido vaginal no pai e na filha, o que significaria que haviam transado – não apenas naquela noite, mas em ocasiões prévias, como apontado por manchas menos recentes encontradas no quarto. O corpo do sujeito tinha indícios claros de morte súbita cardíaca, provocada por uma emoção muito forte. Alguns, jocosos, atribuíam esse colapso ao fato de ser um homem de meia idade fazendo sexo com uma jovem, enquanto outros, mais sérios, sugeriam que o que matou o infeliz foi o arrependimento por se ver dormindo com a própria filha. “Perspicazes”, observou Nina e pediu que eu prosseguisse.
O corpo da jovem, informei, trazia sinais de ter sido envenenado por uma dose excessiva de medicamentos diversos. Foram encontrados alguns comprimidos espalhados e caixas escondidas. Eram os remédios usados no tratamento de sua mãe; o que indicaria que a jovem deixara de medicar sua mãe propositadamente, antecipando sua morte e tornando ainda mais dolorosos seus últimos dias. Ainda que a doença não tenha sido sua culpa e que sua morte fosse inevitável, a filha seria legalmente considerada responsável pelo falecimento da própria mãe, caso estivesse viva para comparecer a um tribunal. Segundo quem as conhecia, a relação entre as duas não era problemática. Não havia razões para crer que a mulher batesse na jovem ou que a ofendesse. Por conta disso, e pelo modo como os corpos foram encontrados, o detetive responsável pelo caso considerava, segundo fui informada por terceiros, que a razão mais plausível para abreviar os dias de sua genitora fosse o desejo da jovem por seu pai. Nina concordou com a hipótese e explicou, pondo-se no lugar da moça: “Ela já havia substituído a mãe nos afazeres e nos cuidados com a casa e o pai, ou seja, nos deveres. Queria também substituí-la nos prazeres, que, segundo cria, seriam seus por direito”. Terminou a elucubração acendendo um cigarro, com a gestualidade de quem o faz após o sexo. Olhou para mim, de relance, como a perguntar se a fumaça me incomodava. Deixei que continuasse. Seu cigarro era uma perturbação menor.
Nina fumou longamente e depois perguntou: “o que farão com os corpos?”. Essa questão me assustou. Parecia a última preocupação que alguém poderia ter diante do que contei. Ainda assim, busquei na lembrança alguma referência ao destino dos cadáveres. “Disseram que a irmã do marido virá enterrar o homem no mesmo jazigo da esposa”. “E a jovem?”, inquiriu, com o olhar fixo. “Será cremada”. “Bom”, disse Nina, movendo seus lábios no que imagino que tenha sido a sugestão de um sorriso. Ela recostou-se em sua poltrona giratória e pôs os pés sobre a mesa. “Caso encerrado”, falou, para meu imenso espanto. Nesse momento, não pude conter o desconforto causado pela sucessão de acontecimentos estranhos. Pedi a ela que me explicasse que tipo de investigadora ela era, como chegara àquela família, como sabia o que acontecera e – o ponto que mais me perturbava – se o conteúdo da ampola levara àquela desgraça. Durante toda a manhã, alimentei o receio de ter colaborado com Nina na execução dessas mortes.
Ela virou-se em direção à janela e começou a amarrar as pontas soltas da trama. “Eu sou uma investigadora de casos especiais”, disse. “Se você acredita que seu namorado é um traidor, não tenho interesse. Se está desconfiada de que é um vampiro, conte-me mais. Eu lido com toda sorte de fenômenos estranhos que costumam ser desprezados por meus colegas. Por isso, o infeliz com quem você deve ter cruzado na entrada veio até mim quando matou um homem; ele achava que era um zumbi e queria que eu o provasse. Obviamente, como nesse crime, na maioria das vezes tudo não passa de fraude ou mal entendido. Eu diria que noventa e nove por cento dos casos não dão em nada. Mas há sempre aquele um por cento. Aquele quase insignificante um por cento, que faz toda a diferença”. Perguntei, então, se eu podia concluir que ela se dedicava a investigar casos envolvendo intervenções sobrenaturais. Após pensar um pouco, ela respondeu que era, sim, uma forma aceitável de explicar o que fazia.
Quanto à família do carpinteiro, disse-me, o caso era simples. Nas últimas noites, ela vinha tendo um pesadelo recorrente, em que sentia uma presença feminina lamentando seu tormento em uma voz cortante, mas sem articular adequadamente as palavras. Essa obsessão tornou-se gradualmente mais e mais incômoda, até o ponto de obrigá-la a fechar o escritório mais cedo e sair para um passeio. Ao passar pelo bairro onde ficava a oficina, ouviu a lamúria de seus sonhos, ao longe, e deduziu que advinha de alguém daquela área. Deixou-se guiar pela intuição e foi levada até o bar onde eu trabalhava. Sentou-se na expectativa de ver entrar no ambiente a fonte de sua perturbação. Quando o carpinteiro chegou, percebeu que era ele. E foi desenrolando o mistério até sua conclusão com o objetivo fundamental de livrar-se do estorvo que a assediava.
Conseguiu chegar à sinopse do enredo quando observou como a filha se comportava ao lado do homem, que enfrentava seu luto com o álcool. A jovem estimulava-o a beber, fingindo censurá-lo. Nina deduziu que ela o queria frágil e tolo o bastante para que transassem e ele não lembrasse na manhã seguinte. “Essa dedução parece um gigantesco salto no escuro”, eu disse. Ela concordou, mas alegou que o fato de desejá-lo bêbado e o ato de adotar os gestos e o visual da mãe eram fortes indicativos. O interesse da jovem pelo pai ficou confirmado, disse-me, quando pôde observar o modo como ela se portava, feito uma esposa preocupada, mas feliz de tê-lo consigo; não como uma filha desesperada pela morte da mãe e pela degradação do pai.
E a ampola?”, perguntei, temendo o que diria. Segundo Nina, ela trazia uma substância que cortava o efeito do álcool após uma hora; seria o exato momento de chegarem em casa e concluírem o sexo. “Quando o homem despertou, completamente sóbrio, de seu torpor contínuo, viu o que fizera e seu coração não suportou. A jovem por certo desesperou-se em ver morrer assim seu amado, por quem permitira que a própria mãe padecesse, e resolveu segui-lo, usando os remédios que negara a ela”, narrou, como se houvesse presenciado o desfecho e minhas informações não fossem senão a confirmação de que estava certa. Após uma breve pausa, concluiu: “Essa noite dormi tranquila, sem a aporrinhação da esposa morta”.
Perguntei como ela sabia a aparência exata da defunta. Nina torceu os cantos dos lábios, no esboço dum sorriso, e tergiversou, me perguntando por que eu aceitara dar ao homem o conteúdo da ampola sem saber sua natureza e seu resultado. Eu não esperava esse questionamento. Era algo que remoí continuamente desde que ouvira a notícia das mortes. Pensei bastante e respondi, sincera: “Porque, por alguma razão que ignoro, eu confiei em você desde o início”. Essa era, pelo visto, a resposta que ela desejava. Levantou-se e me disse de modo rápido, quase que num só fôlego: “Preciso de uma assistente, alguém que agende os clientes, despache as fraudes, ajude com os casos e organize o registro; espero que possa começar hoje mesmo, Paloma; se desejar, pode morar aqui; há uma cama estreita e barulhenta no quarto; eu durmo no sofá”.
Apagou o toco do cigarro num cinzeiro, pegou o casaco e o guarda-chuva, veio em minha direção e convidou: “Almoço?”. Desconcertada, aceitei, sentindo que, com isso, havia consentido com todo o mais. Naquela mesma tarde, fecharia a conta na pousada usando o “adiantamento” da noite anterior e traria minhas poucas coisas para o escritório, socadas em meu bornal militar. Mas, antes de começar minha nova vida, eu precisava mesmo esclarecer aquela última dúvida e, enquanto via chegar o elevador, voltei a perguntar: “Como você sabia a aparência exata da falecida?”. “Foi fácil”, Nina me respondeu, enquanto a porta do elevador fechava, “ela estava o tempo todo ao lado do marido”.





Diego Callazans nasceu em Ilhéus, em julho de 1982, e mora em Aracaju desde abril de 1987. É autor dos livros A poesia agora é o que me resta (Patuá, 2013), Nódoa (7 Letras, 2015) e Contos Estranhos (7Letras, 2019), além do minilivro Blasfêmias (7 Letras, 2015). Tem poemas incluídos nos livros É agora como nunca: Antologia Incompleta da Poesia Contemporânea Brasileira (lançado no Brasil pela Companhia das Letras e em Portugal pela Cotovia, sendo ambas as edições de 2017) e Naquela Língua: Cem poemas e alguns mais: Antologia da Novíssima Poesia Brasileira (lançado em Portugal pela Elsinore, em 2016).Foi selecionado para residência literária pelo SESC Santa Catarina, passando dois meses em Blumenau e Florianópolis, a escrever um romance e uma novela, inéditos, entre maio e julho de 2018.


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