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"Ride the moonlight swing", de AftterDeath (em DeviantArt) |
Noite de primavera.
Um fruto caiu no lago
e amassou a lua.
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Arte de Ni Chuan Jing |
De grão em grão
o galo de flandre
faz o seu silêncio.
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"Infinite Dreams", de Rhads |
Baleias dançam de saias
franjas de espuma, alfaias
e sem nenhum balear.
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"O fogão", de Rui de Paula |
Fogão de lenha
carne seca, pão assado
e a brancura de Júlia.
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Arte de Michael Birnstingl |
À tardinha, no Sanhauá
o velhinho fitava o rio
com o seu olhar poente.
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Saulo Mendonça nasceu em Alagoa Grande. Lançou mais de dez obras, sendo elas de poesia, crônica, ficção e haikai, do qual se tornou um dos maiores cultores na Paraíba. Trabalhos seus já foram publicados em jornais e revistas regionais e nacionais. Foi citado em inúmeras obras, a exemplo de Quarenta Anos do Teatro Paraibano, onde sua atuação como ator e diretor de teatro foi notabilizada, merecendo bons comentários da crítica especializada. Faz parte do Dicionário Literário da Paraíba, publicação do Senado Federal. Ganhou vários prêmios estaduais e nacionais. O seu livro Pirilampo – haikais, foi selecionado pela Secretaria Estadual de Educação, em 2007, para ser adotado em salas de aula da rede de ensino fundamental do Estado da Paraíba. O mesmo livro foi adotado também em salas de aula do curso de Letras - graduação e pós-graduação - da Universidade Federal da Paraíba. Recebeu a medalha "Augusto dos Anjos", da Assembléia Legislativa da Paraíba e as comendas "Cidade Verde" e "Ariano Suassuna", da Câmara Municipal de João Pessoa. Sua poesia foi traduzida para o japonês, dinamarquês, francês, romeno, alemão e espanhol.