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na língua da manhã silêncio e sal - Juliana Meira

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eucaliptos calcinados
calham de soslaio


o mais é dobra de asas
no capim inteiro


e o tempo que arfa 
o peito




o inço vara os trilhos


há um só vagão
encanecido


no pare da placa pouco
nítido


a memória me agarra
e sustém


apito um silêncio
aceno


adeus ao trem


Fotografia de Juliana: Rafael Missio


Juliana Meira publicou poema dilema (Porto Poesia, 2009), poemas para o projeto Instante Estante de incentivo à leitura (Castelinho Edições, 2012), poema pássaro (Patuá, 2015), e integra a Antologia Blasfêmeas: mulheres de palavra (Casa Verde, 2016). Os poemas acima são do livro na língua da manhã silêncio e sal (Modelo de Nuvem/Belas Letras, 2017).

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