DOIS EM UM
MAQUIAVEL E A ALQUIMIA
Penso em outras coisas... no fato de que mais que ter retratado, pela primeira vez, os bastidores do poder, O príncipe de Maquiavel acrescenta em muito ao behaviorismo iniciado por Aristóteles em Ética a Nicômaco: em vez de descrever as virtudes para a vida política como estruturas atômicas do agir humano, o pensador florentino chama a atenção para um comportamento que se mostra mais como uma combinação do que como um conjunto de qualidades morais. Destarte, não há corajosos, avaros, ou mesmo magnânimos puro sangue, como não há sentido algum em tratar de virtudes, excessos e carências isoladas. Mas os clássicos contam mais sobre nós. Como as medicações que, por mais benfazejas que sejam, incorrem em risco quando interagem, um risco é quando certas qualidades morais são combinadas com outras... como no horóscopo, naqueles casamentos zodiacais, nos fenômenos das sinastrias, ou mesmo na psicologia kantiana, quando distingue o sanguíneo, o colérico, o melancólico e o fleumático: a filosofia sempre teve a preocupação em estabelecer uma paleta de emoções que explicasse a complexidade da vida prática. Sempre se tentou uma psicanálise que refletisse a mentalidade dos desejosos pelo poder. O príncipe segue nesse sentido o mesmo itinerário do proposto por Aristóteles em Ética a Nicômaco e por Platão em A República: é preciso investigar nas emoções que dirigem as ações políticas uma constante que permita prevenir os comportamentos. As diferenças entre os autores e as épocas são muitas, mas nessa preocupação se aproximam. A questão não está em explicar as virtudes da vida prática como um meio termo, à maneira de Aristóteles, e nem em compreender a íntima conexão entre a ascese intelectual e a moral como quer Platão, mas na importância dos temperamentos no estudo dos poderes: chamando a atenção para a virtú, a capacidade do governante em controlar as ocasiões e os acontecimentos, Maquiavel chama também a atenção para um conjunto de qualidades que garantissem o êxito em obter e se manter no poder e não para uma única característica em especial.
A virtú envolve mais estratégias do que qualidades; por exemplo, tanto a coragem quanto a covardia podem ser politicamente eficazes ou desastrosas. O pensador florentino soube como ninguém descrever a política, nas palavras de Norberto Bobbio, “como categoria independente, distinta da moral e da religião”[1], porém, o que mais me impressiona em Maquiavel foi de ele não julgar moralmente as personalidades; antes, considera que elas simplesmente ocorrem segundo o destino de uma história pessoal e coletiva. Consequentemente, mais do que estabelecer uma personalidade que seja adequada para o exercício do poder, investiga-se agora, como numa alquimia, os resultados políticos das características pessoais. Antevê-se, na Antiguidade, tanto em Platão quanto em Aristóteles, mas principalmente no Platão de A república, e na modernidade, em O príncipe, uma preocupação, recorro ao linguajar da moral kantiana, sobre os móbeis da vida política, isto é, as emoções, os temperamentos e os disparates coletivos.
COVARDE E VAIDOSO
Esse homem cujo nome me reservo em não dizer; é também por medo que não o cito e também porque faço questão de esquecê-lo. Personalidade que apesar dos crimes que cometera logo cairá no ostracismo. Quero, enfim, falar desse que chegou ao poder; dos caminhos psiquiátricos que o produziram e ainda produzem outros dele, diariamente, aos montes. Ainda que eu o repudie, estou certo da urgência, do quanto precisa ser lembrado. Dedico-lhe então o papel de modelo negativo... Trata-se de conditio sine qua non: os seres humanos são vaidosos. Seria preciso, à maneira de Menon, que detalha em minúcia os diversos tipos de virtude (“um enxame de virtudes”, na palavra de Platão), estabelecer, comparativamente, os gêneros da vaidade humana. A vaidade envolve um leque de posturas, desde o respeito próprio ao esnobismo. Da minha parte, chamo a atenção para a combinação da vaidade com a covardia. É desse gênero de governante que desejo tratar. A vaidade, no Eclesiastes (1.2), é lembrada em sua força expansiva sobre o mundo: vanitas vanitatum et omnia vanitas, “vaidade das vaidades, tudo é vaidade”; etimologicamente, o termo se refere ao vazio das nossas ambições. A vaidade é vã, diz respeito ao eu no que há de pior. Muitos, do Ocidente e do Extremo Oriente, os místicos cristãos e os mestres hindus, recomendam a anulação do eu como terapia: ideia, aliás, bela na literatura e irrisória na vida prática, pois impossível. Aprendamos a conviver com o abismo, a ruminar nesse vazio. E como não citar a figura de Narciso que, apaixonado pela imagem refletida nas águas, mergulha... água perigosa, em que somos forçados a nos afogar. Penso no quanto um homem é cultuado na vilania, o quanto ele se sente obrigado a ser mesquinho... A vaidade talvez comece numa educação marcadamente egoica. Pertencer à certa classe social, ser fidalgo, de tal estirpe, constituem dramas perpetrados e que atuam no gosto das pessoas... conheci um, filho de artista ilustre, que sofria do desafio de estar à altura do brasão; e se o brasão da família lhe cobria de empáfia, também o marcava como um grande infeliz. Como na imagem de Narciso que se admira olhando as águas, esta está igualmente turvada. E assim, homens pequenos – porque deles nada se pode esperar senão coisas pequenas – cometem atos desprezíveis. Que os políticos são vaidosos, todos sabem, mas em alguns as águas narcísicas em que mergulham formam um lamaçal.
Um decretou a sangria do país enquanto não fosse eleito. Aliado a oligopólios, tornou inviável o governo do vitorioso... Estimulou nas pessoas o que havia de pior; mas covarde, apavorou-se, como um Robespierre desfigurado pelo tiro. Os vaidosos, quando covardes, são também muito invejosos, como alerta Michel de Montaigne nos Essays, quando trata do tema, “é da natureza humana agradar-se mais do alheio do que do próprio”[2]. Enfim, outro sintoma da desfiguração de Narciso... Acredita que o mundo está a seu serviço, e talvez por isso, políticos inescrupulosos confundam ou fazem de tudo para confundir direitos e privilégios. Valem da tradição familiar para se manter no poder; no entanto, se há vaidade nesses desgraçados, não deixa de também haver entre os revolucionários. E existe, e não existe pouca. Adotam o papel de salvadores, acreditam que farão a diferença; já sofri dessa inocência, cuspi contra o mundo e o cuspe secou. Retomando Montaigne no capítulo IX, “Da vaidade”, não há nada “mais grave para um país do que uma mudança radical”, ao que complementa, “esta é que permite o aparecimento da tirania e da injustiça”[3]. Montaigne e Maquiavel sabiam das coisas. Sabiam que, por mais sólidas que sejam as instituições, sofrem o risco das emoções, do caráter, da personalidade dos que governam, que o mau-caratismo de alguns sofistas transformaram a democracia ateniense numa demagogia, e os oligarcas para se manterem também a transformaram numa oclocracia, numa ditadura da maioria. Sócrates e Platão assumem uma postura conservadora, mas num ponto eles estão com a razão: na necessidade de formação para o exercício da cidadania, pois, dependendo de quem assume o governo, as instituições podem ser pulverizadas. Deve-se valer de duas medidas: para a vaidade do corrupto e a do revolucionário. Existem aqueles que serão consumidos pelo próprio ego e também os que nunca sofrerão por isso. Espera-se que as intenções e os motivos determinem até mesmo os protocolos adotados. A guilhotina, a injeção letal, ainda que tivessem por objetivo o extermínio de pessoas, foram pensadas como formas menos dolorosas – não chamaria de humanitárias como seus defensores alegavam – de aplicação da pena capital. As ações humanas, mesmo quando dirigidas ao que há de mais brutal, variam dependendo da intenção: a vaidade do corrupto difere da do revolucionário. Como o Eclesiastes afirma, tudo é vaidade, significa com isso que tudo seja em vão? Que não haja um diferencial nas intenções? Outro estimulante são as honrarias. Como Montaigne observa, “o louvor é sempre agradável, venha de quem vier”; mas também alerta, “mas para que seja justo cumpre saber-lhe a origem”[4]. Penso no jogo político dos prêmios artísticos, das condecorações, das medalhas.
Ingênuo quem acredite que não existam interesses. Um dos motivos que me levou a desistir da poesia foi a falta de reconhecimento não só ante o público, mas também ante a crítica. E os prêmios são um termômetro. Há mil elementos em jogo: os consórcios acadêmicos e editoriais... e mais, sou extremamente vaidoso, um desespero em pessoa, abismo que só a morte poderá salvar, e não preciso estar equivocado em minhas avaliações apesar dos meus desvios; talvez até por andar chafurdado no lodo, ninguém melhor do que um porco para entender a lama. Na busca por louvores, a vaidade costuma se entranhar na mais ridícula hipocrisia. O artista finge que age na mais completa liberdade; quando os prêmios elegem “os homens do ano” geralmente elegem empresários, políticos, intelectuais e juízes, os fanáticos pelo poder que mais interessam aos financiadores desses mesmos prêmios. A bajulação cruzada, os vinhos caros que sempre fazem questão de pagar nos almoços de negócio.
Um cinismo que acompanha até os moralistas; aliás, o que eu admiro nos moralistas do século XVI – Montaigne, Maquiavel, La Boétie e Rotterdan – está no ceticismo, na lucidez alucinante, no jogo de terra arrasada como acompanham a vida. No prefácio de Sobre a vaidade, André Comte-Sponville declara sobre Montaigne e eu não vejo maiores problemas em estender aos demais citados: “engana-se quem queira ver nele um moralista; ele não diz o que é preciso fazer, mas o que se faz, não o bem mas o real, não a sabedoria, mas a vida”[5]. Uma psicanálise da política, quando não uma psiquiatria da política, acompanha os ensaios ao longo do século XVI; diferente da ciência política do século XVII e que se consolida no século XVIII, dirigida para o entendimento das instituições.
Um estudo sobre as personalidades políticas, as chamadas personificações do poder, e, do outro lado, uma análise que reflita a organização dessas forças: são diferenças marcantes que distam O príncipe, de 1532, e Do espírito das leis, de 1748 e que eu as vejo como duas perspectivas que se complementam. Trata-se de um diferencial necessário que a deontologia, o utilitarismo, o eudaimonismo não conseguem, por si mesmos, satisfazer. Esses autores não explicam, apenas narram o real. Vagam, de cordilheira em cordilheira, em busca de outros ossos a desencavar de nossas entranhas. Não espere deles uma ascese. Uma característica de governantes vaidosos é o prazer ora em discursos, ora em grandes festividades; gastam o que for preciso dos outros em bebidas e em coquetéis caros. Mas antes fosse só vaidade, há também covardia. E a vaidade não se cristaliza pura e simplesmente como afirmação do eu; muitas vezes acontece vide o pertencimento a um grupo. Do adolescente que porta o revólver e agora faz parte da gangue ao intelectual que participa dos programas televisivos, todos seguem embriagados na vaidade... Novos ritos de passagem surgem a cada dia e aqueles mesmos de quem se esperava maior resistência são os primeiros a sucumbirem aos sistemas que criticam. O valor da moda está na ilusão de que nos eterniza, de que no endêmico universo capitalista, é a nossa última (quando não, a única) chance.
Os intelectuais caem na mesma armadilha que os trogloditas dos reality shows... mesmo o mais ferrenho pesquisador da obra adorniana e no conceito de indústria cultural, quando convidado pela televisão local, pensa (não custa pensar): por que não? A serpente enrosca-se no pescoço, como uma gravata. Universo não menos mesquinho é o dos intelectuais. Ainda mais em épocas de crise, quando se precisa de um profeta a cada esquina. Trata-se de um cardápio de soluções: a esquerda cristã e a façanha de traduzir uma revolução por cabeças cortadas em palavras de conforto... há também o cético que não passa de um hipócrita; desconfia de todos, exceto os políticos e os empresários... difícil entender o contorcionismo de certos raciocínios; fora aquele que costumo chama-lo carinhosamente de o terceiro excluído, cuja façanha está em nunca se posicionar politicamente. Mas, com Canaã em chamas, há também outros narcisistas... um kantiano histérico, uma nietzschiana que ama ser dona de casa, uma marxista bem liberal. O pós-moderno anuncia, enfim, uma avenida sem saída, o áporo de Drummond.
E como esquecer daqueles que se vendem pelas causas sociais! Sempre se ganhou dinheiro com a miséria, inclusive na defesa dos mais oprimidos. Aquele que atualmente vem concedendo entrevista a jornais. Acredita ser porta-voz dos mais pobres, quando, na verdade, apenas repete o jargão. Delata nos jornais, nos tribunais internacionais, a revolta que representa. Almoça com o senador e o prefeito, pois, sabendo dos códigos oficiais, crê, em sua megalomania, que saberá explicar aos homens quando é necessário ceder. Mas quem o elegeu como o comandante da revolta? Não nota ser outro sacripanta que contribui com o status quo? Todos têm uma boa explicação para o que fazem; além disso, mesmo o mais revolucionário sonha com as amenidades da vida burguesa, e esta nunca foi diferente da dos monastérios. Como no Eclesiastes, se tudo é vaidade, a vaidade não se atrela necessariamente à ganancia; quando aquela vem associada a esta, o resultado é a crença de que o dinheiro compra até mesmo a justiça, torna-a possível. Sempre se sonhou com algum conforto. Que se viaje pelo menos uma vez não é luxo para ninguém... condenar simplesmente a classe média por seus pequenos desejos é um equívoco, afinal, essas são as promessas das revoluções, as mais justas expectativas: algum conforto que alimente a nossa vaidade e que o capitalismo mais famigerado fez questão de usurpar. Sim, mesmo no capitalismo há versões; não creio que seja apenas por razões econômicas que em países como o Brasil haja uma classe política majoritariamente sociopata. Tão vaidosos quanto os demônios estão os santos... E uma figura como Santo Cirilo, acusado pela morte de Hipátia, constitui um dilema: oficialmente santo e ao mesmo tempo defensor cruel do cristianismo, impôs com fogo a mais doce das verdades. O fanatismo ocorre quando a fé é marcada pela vaidade, quando nenhuma gota de dúvida sobressai do rosto. O vaidoso teme perder, sente medo, muitas vezes age como um covarde; mas há diferença: os corajosos sentem medo, mas o enfrentam, o que todos sabem; o que quase ninguém sabe é que o medo aqui enfrentado diz respeito a si mesmo; diferentes são os covardes, que não enfrentam os seus medos, antes, compactuam-se com eles. O medo age como combustível, encarcera-nos numa redoma. E agimos no meio da escuridão, com cautela e desenvoltura. Políticos costumam chamar esse comportamento de bastidores do poder... Não se trata de covardia ante um perigo, mas de má índole, daqueles que se arvoram de vítimas depois de ter agulhado os outros. Trata-se de autodefesa camuflada no anonimato. Montaigne em Essays considera “justo diferenciar-se um erro devido à fraqueza de ânimo da falta maliciosa”[6]. Costumava-se condenar os que fugiam das batalhas com a pena capital, mas provavelmente a este outro gênero de covarde caiba coisa pior que a morte, em esquecimento mais fundo que a aniquilação.
Mas eu mesmo me valho do anonimato para sobreviver; jamais cito os nomes dos que odeio, não porque ache que não mereçam ser rechaçados, mas porque o absurdo que cometem é maior que a mesquinhez de acusa-los, isto é, atinge a humanidade inteira... A palavra ‘covardia’ responde por diferentes acepções. Aquele que se sente paralisado num momento de tensão; quando age como alcaguetes ao longo de uma sessão de tortura, muito diferente quando age na surdina tranquilamente longe dos holofotes. No segundo tomo dos Essays, Montaigne lembra que “a covardia é mãe da crueldade”; não muito distante dos “cães poltrões” que “rasgam com os dentes, em casa, as peles dos animais selvagens que não ousariam atacar em pleno campo”[7], chacais no campo da política esperam também uma boa hora para destroçar. Apertam em público as mãos das vítimas enquanto preparam o complô; “vazam” entrevistas em que prometem aos conspiradores que serão canalhas obedientes; porém, não custa lembrar: estes representam forças mais poderosas do que os gritos e os xingamentos que façamos nas esquinas; eles, enfim, aparelham o estado; uma simples intimação, que, para eles, nada custa, será suficiente para te arruinar a vida; nesse sentido, sê tão covarde quanto para evitares o risco do ressentimento que irás lhes provocar. Sentiste que ele é cego, aja “com gestos indecorosos”, que ele é surdo, “com palavras ofensivas”[8]. Cada Davi de hoje precisa enfrentar a força de mil Golias; há muito tempo o cavalheirismo é inócuo. Se, em nome da verdade, tiveres que mentir, minta. Quando homens fazem uso, em seus gabinetes, de toda força de repressão, e, encastelados, regozijam com o espancamento das vítimas pela polícia, que também não se tenha misericórdia com eles. Que Montaigne me perdoe, mas La Boétie está coberto de razão! Como agir com decência contra quem age com abuso, quando se ataca “com espada perfeita a quem só tinha um pedaço da sua, ou alguém intato jogar-se contra um ferido”[9]? Igualmente covardes quando soldados enfrentam civis que apenas lutam com paus e pedras por comida. Um exibia em regozijo o cassetete quebrado contra os ossos daqueles que apenas reivindicavam com gritos e cartazes: a vaidade e a covardia do governante espelham as dos brutamontes que o protegem. Trata-se de falsa coragem, nas palavras de Montaigne, sempre sábias, mesmo quando discordo: “não se poderá taxa-la de coragem, porquanto decorre da destreza e não é uma qualidade em si”, ao que complementa, “a honra no combate consiste em apelar para o caráter e não para a habilidade”[10]. Há, portanto, um gênero de vaidade mancomunado à mais desprezível covardia. Penso também que, quando no Eclesiastes, chama-se a atenção para a vanitas vanitatum, a vaidade das vaidades, seja dessa vaidade que o versículo trate, dessa que é sempre um risco; imoral, injustificável em todos os sentidos.
[1] BOBBIO, Norberto. Direito e estado no pensamento de Emmanuel Kant. 2 ed. Tradução de Alfredo Fait. São Paulo: Mandarin, p. 22.
[2] MONTAIGNE, Michel de. Ensaios, tradução de Sérgio Millet. Abril Cultural, 1972, p. 432 (Os pensadores).
[3] Ibidem, p. 437.
[4] Ibidem, p. 439.
[5] COMTE-SPONVILLE, André. Sobre a vaidade, p. IX in: MONTAIGNE, Michel de. Tradução de Ivone Castilho Benedetti. Martins Fontes: São Paulo, 1998.
[6] MONTAIGNE, Michel de. Ensaios, p. 43.
[7] Ibidem, p., 321.
[8] Ibidem, p. 322.
[9] Idem.
[10] Ibidem, p. 323.
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André Luiz Pinto da Rocha nasceu em 1975 no Rio de Janeiro. Formado em Enfermagem pela Uni-Rio, chegou a exercer essa profissão por três anos. Graduou-se mais tarde em Filosofia pela Uerj, cursando o mestrado em Filosofia pela mesma universidade. Atualmente cursa também pela Uerj o doutorado em Filosofia, desenvolvendo uma tese em Filosofia da Biologia. Publica poemas e ensaios há dez anos em revistas e jornais de literatura. Com Eduardo Guerreiro, editou a revista .doc. Leciona na Universidade Estácio de Sá. Publicou "Flor à margem" (1999), "Um brinco de cetim" (2003), "Primeiro de abril" (2004), "ISTO" (2005), "Ao léu" (2007), "Terno novo" (2012), "Mas valia" e "Nós, os dinossauros" (2016). Leia outros poemas do autor aqui e aqui.