Do ser sem rumo
I.
Navega
Entre
Meus risos
Um choro
Perdido
No mar
Enverga
Entre
Meus risos
Um choro
Retido
Sem ar
II.
Meu ser
Circula
Nesse horizonte
Onde embarco
As lágrimas
Que se
Disfarçam
Na espuma
Meu ser
Ondula
Nessa fonte
Onde abarco
As lástimas
Que se
Esgarçam
Na bruma
Profamar
Água benta
Rebenta
No leito
Rebenta
No leito
Onda
Que entra
No peito
Que entra
No peito
Signum
Quem disse
Que eu nadei?
Não importa
Que o tenham
Diminuído:
A gente continua
Afogando
Quem disse
Que eu nadei?
Não importa
Que o tenham
Diminuído:
A gente continua
Afogando
O oceano
Em que cresceu
Em que cresceu
Cris de Souzaé poeta capixaba. Bibliotecária deformada. Freelancer. Polipolar.