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sonetos se despedem de seus soníferos sonhos
amarfanhado é o dia dessa lua cetim crepom dos teu olhos
altos ao léu lançados, fartos e fadigados, se curvam
esses cânticos crespos das cinzas cruas
escorridas e sem som, salmouras de água doce
aos céus, lume/lusíada lanço um dardo... estilhaço..
me volta um cenário de pompa e virtude
venâncios venezianos nas sombras quase tintas da noite
vasculham palcos e arrombam sedutoras falas de cetins e e rosas
adormeço, ainda, no leito da lua
em sua fatigada face quase crua
alheia ao sol e despida de rendas
(aquela por onde infantes e fardos
se debatem entrecruzados nas anáguas malhas
dessas memórias/ matizes meretrizes
de tuas parcas e falidas falas)
feroz é o valente acorde do vento
e sua ventania calma de ardis
e artimanhas arteiras fontes de
cruz e calor.
JANDIRA ZANCHI