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3 poemas de Marcos Samuel Costa

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Ilustração: Koert/deviantART



Ao sul da raiz desta árvore que te dar nome


fruto
sem                                                                          faca
maldita
florada                                                                       és morte
tua
cresce                                                        não tens em ti o gene


a morte tem teu nome escrito entre vidas
morrer é cura do corpo


seguis, pois seguimos.



*
Capim queimado           fogo das dimensões
lembranças tantas
 – acendi em ti essa chama, queima
queima                         arde nas estralas de ti
várias palavras luz-fogo

calor de tua boca

queime-se

fogo

ainda


chama, capim na língua de fogo,
voando aproxima-se o cavalo 
já podes o ver em chamas?



*
Tombou-se o sol
e manchou-se a terra
e o homem sem poesia,

virou terra batida.


Marcos Samuel Costa da Conceição nasceu em Ponta de Pedras - Ilha de Marajó – Pará – Amazônia – Brasil, com os rios praticamente debaixo dos braços.É filho, neto e bisneto de pescadores tradicionais da ilha, cresceu ouvindo muitas estórias. Aprendeu a amar as dimensões dos rios, mas acima de tudo aprendeu a fala dos rios – o silêncio –, seus primeiros poemas sugiram tão natural como os sonhos e os medos da infância. Autor de alguns livros: Pés no chão e sonhos no ar (edição do autor, 2012), Convites para Amar (editora LiteraCidade, 2013), Sentimentos de um século 21 (Multifoco Editora, 2014), e Titulado amor (editora LiteraCidade, 2014), e um em co-autoria com dois amigos: Interpoética (Big Times editora, 2015). Participou de mais de 20 antologias literá­rias. Atualmente faz o conservatório de música do Instituto Carlos Gomes em flauta transversal. 

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