amanhã
I
essa manhã
contar
os
mortos
poesia
,ele disse,
lavar os corpos.
II
toda manhã
contar
os
mortos
poesia
,ele disse,
agora
lavar os corpos
devagar
vem-me
indizível
doçura
Mari Quarentei , libriana de São Paulo/SP. Terapeuta ocupacional implicou-se desde os anos 80 com a desconstrução do manicômio, a criação de novos modos para acolher a loucura e de dispositivos híbridos entre clínica, vida e arte. Em 2010 retoma a escrita poética a partir do contato com a cena artística de Curitiba, onde reside desde 2013 e participa do Coletivo Marianas. Seu trabalho se dá a conhecer nos saraus, na rede... bem informalmente. Publicou "caderninho de Imagem I " com Simone Ferreira pela ”quaseeditora", Curitiba 2014. É artista visual / pós-graduanda em Poéticas Visuais com o experimento: Dar a palavra ...à palavra: entre a escrita e pintura.
contatos: mariquarentei@gmail.com
https://www.facebook.com/mari.quarentei