Quantcast
Channel: mallarmargens
Viewing all articles
Browse latest Browse all 5548

6 poemas de DiegoCallazans

$
0
0
Ilustração: Frederic Gaillard


[#urbano]

nos elogios do burguês,
a contestação se desfez.

só o leitor é maldito.

hoje o poeta é armazém
e o muro, o auge do escrito.



[quadra ao gosto popular]

o coração – esse bordel fibroso,
de frente fosca e só acesso a senha,
numa alameda sob a noite densa,
onde entrecoxas bailam sem repouso.



[expectativa]

às vezes suponho: "nunca".
mas logo cogito: "breve".
concluo: "de nada serve".



[resignação]

leve,
ainda e antes,
qualquer carga
que se assente.



[saída]

quando em versos abissais
meu todo explode e só
o nada avante sinto,
a Melancolia
faz da arte em mim
seu labirinto.



 [maverick]


too old
for cool

too young
to dye



Diego Callazans nasceu em Ilhéus (ba) em 1982 e mora em Aracaju (se) desde criança. É autor de A poesia agora é o que me resta (Patuá, 2013), Blasfêmias(7 Letras, 2015) e Nódoa (7 Letras, 2015). Tem poemas publicados em diversas revistas literárias..

Viewing all articles
Browse latest Browse all 5548