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As intertextualidades do cotidiano na poesia de Carlla Maria Amorim

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Tchecov

Na superfície me reviro
Ainda em naufrágio, me desespero
Meu rosto molhado de tanto chorar
aí vem você falar
vou te queimar com Whisky até você se reinventar.


Coloquei meu coração numa frigideira de teflon
assim refogo tudo:
Seu nome,  o azeite aquela música do Mautner e o sazon.

No corcovado
Deixei por lá todo alvoroço
E me enchi do novo dia até o pescoço.





Meus olhos de cebola ou outras coisas sobre amor agudo

Pra bom sofredor meia cebola basta
 dissimuladas lágrimas de um coração passado. 
Lá pela sete de setembro,
atravessei multidões
 faz tempo que meu  olhar não desmorona edifícios,
 coração ainda lá largado, espatifado
 se partiu em quartos largos.





Correio

Gosto tanto daquele verso do seu poema intitulado Agora
Mas gosto mais do meu lado Carmem Miranda
E do Sidney Magal na vitrola.




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Carlla Maria Amorim, é maranhense, atriz-criadora, performer e professora de Teatro. Graduada em Teatro pela UFMA Universidade Federal do Maranhão. Participou dos grupos Cena Aberta coordenado por Luiz Pazzini  (SP) , Núcleo atmosfera de dança-teatrocoordenado por Leonidas Portella, Drao teatro da (in)constância coordenado por Ivaldo Jr. Ministrou  oficinas de teatro em escolas rede pública em São Luís do Maranhão. Na performance, seu trabalho mais conhecido é Amelie Von Essen. Fez residência com as performers cariocas Micheline Torres e Marcelle Sampaio pelo Conexão Dança, onde realizou performance Mulher - Cinzeiro a partir de um poema, com Ricardo Martinelli e Ruan Paz. Atualmente vive no Rio de Janeiro. Participou do  I Encontro de Teatro Internacional Comunitário na montagem teatral João Cândido encontra os heróis latino-americanos realizado em novembro 2014 pelo grupo Entrou por uma porta, com direção de Reynaldo Santanna. Trabalha nos projetos As Carolinas e Mulheres de raça, Mulheres Incríveis, ambos com direção de Lelette Coutto, diretora carioca de cinema e teatro. 





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