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| Ilustração: Jean Fan |
Imensurável
Sequestram manhãs, as meninas dos olhos dilatados.
Em zoom frenético, mil posições por segundo luz.
O flash é em slowmotion de diários ritos e ofusca-lhe o sono, mas não assombra seus sonhos.
Em zoom frenético, mil posições por segundo luz.
O flash é em slowmotion de diários ritos e ofusca-lhe o sono, mas não assombra seus sonhos.
Ainda os tem de sobra!
Nas curvas das lembranças, nunca se deve querer ultrapassar o sinal do tempo.
Nas curvas das lembranças, nunca se deve querer ultrapassar o sinal do tempo.
Eternidades são pacientes quanto aos ciscos e cílios e sabem com exatidão distingui-los, bem como o momento de verter o sal.
E toda a propriedade da soma do pisca piscar das mensuras sempre requereu alguma fórmula de infinitos.
Solução é que é o problema!
E não é pra qualquer cálculo, nem folego...
Talvez, porque não há censura ao que não tem mensura desde que sonhar é para alguns e realizar é para os poucos... Sobreviventes!
Nota
Pétala úmida ao beijo do orvalho, à beira do abismo se arrisca.
Se abisma com os planos de voo. Plana sóbria ao solo dos desenganos.
O cismo das cismas, sanado.
Bêbada só das insanidades cósmicas.
Além disto, infinitas questões, porém inconfessas. Do irrespondível.
Nos versos ao avesso, modestas contas desfiadas num rosário descompassado de tempo. Pois a métrica sempre se saciou de velocidade luz versus versos bem ditos.
Benditos! Independente das rotas, traçava suas notas aos ouvidos cegos.
E o seu perfume ainda habitará nas paredes lilases das lembranças que dançam para os beija-flores.
Por enquanto
Por enquanto, porquanto o tempo me devora à cada hora em intensidades. Sem tensão, despretensão, com fome. Me come com pressa. Dispersa, por hora, ou outra, condena. Me crucifica à quarentena. Ordena meus gestos, cataclismos obscenos. Por outras se repete e me remete a este caos que há em mim. Limbo de reminiscências. Mil bemóis são back vocais desta palpável cena. Num ato, meus nós se desatam em sóis maiores subconscientes. Onipresentes restarão orgásticos universos sob forma de borboletas em seus primeiros vôos. E circundarão nossas lembranças por longos anos. Porque estas, serão sim para o todo sem nenhum jamais.
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| Fotografia: Décio Romano |
Josette Garcia - Curitiba - 21 dezembro de 1960. Amadora por amor às letras. Escritora auto didata. Blogueira nas horas vagas. Participei de algumas antologias físicas e virtuais e tenho somente um e-book publicado até o momento. Não sou literata. Tenho cursos esporádicos (sempre que possível) na área de literatura, entre ser mãe, avó, um pé no lar outro na empresa (corretora de imóveis), além desta tentativa de poeta/cronista/contista, por conta destes meus ensaios. Frequento grupos literários há muitos anos, como leitora e aprendiz. Tenho as seguintes publicações: E-book: Síntese do Sentir – Verso e Prosa – Editora AVBL – 2005 - ISBN 85-98219-02-9. Antologias: VIRTUALISMO – 1ª Antologia Poética AVBL – Academia Virtual Brasileira de Letras; uni-VERSOS – 1ª Antologia - grupo "Escritores e Poetas; FELICIDADE– Ensaio poético - grupo “Elas & Cia”;Ladras e Cobras– Ensaio Poétivo do Grupo “Elas & Cia”; NATUREZA – Ensaio Poético da AVBL – Academia Virtual Brasileira de Letras; Ação & Reação – Pequenos Contos - Ensaio Poético do Grupo “Elas & Cia” – Editora AVBL